O secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, foi sabatinado, na segunda-feira (23), durante o Fiscaliza Minas, processo de prestação de contas no qual gestores públicos comparecem às reuniões de comissões da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para fornecer informações sobre suas áreas.
Carlos Eduardo Amaral apresentou as ações do Estado no combate ao coronavírus. Ele traçou um paralelo entre o cenário anterior à pandemia, do ponto de vista da assistência da rede de Saúde, e o que foi feito até o momento para sanar possíveis carências, demonstrando a importância do planejamento para antecipar respostas às demandas da população.
“A partir do nosso Plano de Contingência, o principal objetivo que traçamos foi evitar mortes por desassistência. Fizemos o mapeamento da capacidade de aumento de leitos de UTI em todo o estado. Tínhamos, até fevereiro, 2.072 leitos ativos. Fizemos uma projeção de que seriam necessários em torno de 3.500 leitos e atingimos, no pico da mobilização, 3.996 leitos em Minas Gerais”.
Diretrizes e estratégias
Amaral detalhou aos parlamentares as diretrizes e estratégias do Plano de Contingência para as 14 macrorregionais de Saúde de Minas, de forma a dificultar a disseminação do coronavírus no território mineiro. Também explicou como o plano foi elaborado para orientar e facilitar, aos gestores locais, os processos de tomada de decisão durante a evolução da pandemia.
Em relação ao planejamento para a imunização contra a covid-19 em Minas Gerais, o secretário afirmou que, independentemente do Brasil vir a produzir ou não uma vacina, o imunizante será distribuído pelo Sistema Único de Saúde e integrará o Plano Nacional de Imunização (PNI). “Isto já está bem consolidado com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde”, afirmou.
Amaral ressaltou que Minas Gerais já tem um Plano de Contingência para Vacinação Contra a Covid-19 estruturado há mais de dois meses e já em execução, cujo objetivo é deixar o estado 100% pronto para quando a vacina chegar: “Já adquirimos, até o momento, seringas, agulhas, dimensionamos a rede e planejamos a logística”.
Carlos Eduardo Amaral explicou, ainda, como a SES-MG utilizou a tecnologia como ferramenta de enfrentamento à pandemia por meio do aplicativo Saúde Digital MG, que oferece atendimento médico e psicológico por telemedicina. O projeto Medicamento em Casa – que entrega remédios em domicílios de pacientes considerados do grupo de risco – também foi alvo de atenção.
Foram abordados, ainda, os protocolos sanitários desenvolvidos para orientar gestores locais, gestores de Saúde e a sociedade, cada um em sua respectiva área de atuação, sobre as melhores condutas. E também a criação da Sala de Situação, como centro de dados e monitoramento da covid-19 em todo o estado. Foram apresentados também os fundamentos e resultados do plano Minas Consciente e o programa Cuida de Minas, ação que reorganiza o atendimento dentro da rede de assistência, incluindo a retomada das cirurgias eletivas conforme o cenário epidemiológico.
Fonte: Agência Minas