O edital será o maior investimento na cultura de Juiz de Fora e deve ser lançado nos próximos dias. A decisão de como usar o recurso foi tomada de forma colegiada com as trabalhadoras e os trabalhadores locais da cultura, que participaram de 24 encontros virtuais e uma live, promovidos pela Funalfa.
“A ideia da cartilha é facilitar o entendimento de todo o processo da ‘Aldir Blanc’, que é bastante complexo. Reunimos as principais dúvidas e procuramos explicar de forma bem acessível. Uma das dificuldades é entender que cada Estado e município tem autonomia para definir como usar o recurso emergencial. Então, todos os encontros com os agentes culturais tiveram como objetivo definir a estratégia de Juiz de Fora, que optou pelo edital único”, explica a diretora-geral da Funalfa, Tamires Fortuna.
O manual explica quem são as pessoas que podem pleitear os recursos da Lei Emergencial. “Muita gente entende que somente artistas e produtores culturais têm direito, quando, na verdade, o recurso destina-se a qualquer profissional com atuação no mercado cultural, inclusive os que trabalham informalmente. Isso inclui técnicos de luz e som, professores, articuladores, consultores, gestores de espaços, maquiadores, artesãos, figurinistas, costureiras, montadores de palco e outras estruturas, cenógrafos, preparadores de elenco, equipe de logística e muitos outros”, observa o gerente de Fomento à Cultura da Funalfa, Henrique Araújo.
Outra dúvida recorrente refere-se ao pagamento de parcelas mensais de R$ 600, o que, conforme a lei, é responsabilidade dos governos estaduais e não dos municípios. No caso de Minas Gerais, a Secretaria de Estado da Cultura fez um cadastro para mapear os possíveis beneficiários. O manual da Funalfa também apresenta um endereço de e-mail que está disponível para responder outras dúvidas que possam eventualmente surgir.
Em todo país, a Lei “Aldir Blanc” prevê a destinação de R$ 3 bilhões para apoiar em caráter emergencial os profissionais da cadeia produtiva da cultura diretamente impactados pela pandemia da Covid-19. O recurso é oriundo do Fundo Nacional da Cultura.
Fonte: Assessoria