Neste ano, as atividades preventivas, desenvolvidas durante as comemorações da “3ª Semana de Defesa Civil”, em escolas, praças públicas e comunidades ficaram comprometidas pelas limitações impostas pela pandemia de coronavírus. Para marcar a data, o órgão produziu vídeo onde mostra a frente de trabalho em que vem atuando no período, rumo ao desafio de tornar Juiz de Fora uma cidade resiliente a desastres. Autoridades falam sobre a inscrição do Município no programa “Cidades Resilientes”, da Organização das Nações Unidas (ONU), e o que está sendo feito para preparar JF para responder à altura às adversidades, reduzindo danos materiais e protegendo vidas. O vídeo irá ao ar nesta quinta-feira, 15, nas redes sociais da Prefeitura e no youtube.
Em todo o Brasil, 1.014 municípios aderiram ao “Cidades Resilientes”, mas apenas dez tiveram habilitação reconhecida. Em agosto, Juiz de Fora recebeu o “Certificado de Compromisso com a Resiliência aos Desastres”, do Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR). O documento é direcionado às cidades que estejam imbuídas no propósito de se prepararem para o enfrentamento de situações de emergência causadas por desastres naturais. O site do UNDRR já exibe inclusive as informações gerais o Município no link www.unisdr.org/campaign/resilientcities/cities.
A partir de sua inscrição no programa, Juiz de Fora se compromete a adotar medidas necessárias nos campos estrutural e institucional, de planejamento e gestão de riscos, bem como de organização social, para se tornar, de fato, capaz de se adaptar constantemente e de responder aos desafios de município em crescimento. Para ser reconhecido como “Cidade Resiliente”, devem ser cumpridos dez passos essenciais.
Defesa Civil, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Corpo de Bombeiros estão dando impulso aos trabalhos. Um comitê foi criado, através do Decreto 14.067/20, envolvendo diferentes setores na discussão. Recentemente, questionário foi respondido por diversos atores do sistema, a fim de aferir a situação em que se encontra o Município quanto à capacidade de se antecipar, responder e se recuperar aos desastres naturais, resistindo e mantendo nível em seus funcionamento e estrutura. O material coletado servirá de base para workshop, a ser promovido pela UFJF em novembro, quando será feita discussão e avaliação ampliada dos pontos respondidos pelo Município.
Cidades resilientes são aquelas que têm capacidade de reagir, de acordo com as necessidades apresentadas pelas crises naturais. Preparam-se para lidar com essas situações e aproveitam o conhecimento anterior, criando planos de ação que possam ser úteis no futuro. A proposta é promover o incremento das ações já desenvolvidas pelo município, buscando definir prioridades na área de gestão do risco de desastres. Para a empreitada, poder público, instituições parceiras e sociedade civil se integram no processo.
Aqui, os dez passos a serem seguidos para atingir a resiliência:
1. Se organizar para a resiliência frente aos desastres;
2. Identificar, compreender e utilizar cenários de risco atuais e futuros;
3. Reforçar a capacidade financeira para a resiliência;
4. Promover o desenho resiliente e desenvolvimento urbano;
5. Proteger zonas-tampão naturais para melhorar a função da proteção
fornecida pelos ecossistemas;
6. Fortalecer a capacidade institucional para a resiliência;
7. Compreender e fortalecer a capacidade social para a resiliência;
8. Aumentar a resiliência da infraestrutura;
9. Garantir a eficácia da preparação e resposta eficaz às catástrofes;
10. Acelerar a recuperação e reconstruir melhor depois de qualquer desastre.
Fonte: Assessoria