Historiador do Museu participa de live temática sobre ex-libris

A convite da criadora do canal do Youtube “Caçadora de Ex-libris”, Mary Komatsu, o historiador Sérgio Augusto Vicente, que faz parte do Departamento de Ações Culturais e Acervo Técnico (Datec) do Museu “Mariano Procópio” participará de live no dia 14, às 18 horas. A atividade faz parte de programação com ciclo de palestras, “As Marcas de Proveniência e a Cultura Material”. E dentre as pesquisas apresentadas, o trabalho “Os Ex-libris no Acervo do Museu ´Mariano Procópio`: Referências Históricas”. O evento, a ser realizado durante outubro, terá 22 sessões, formadas por pesquisadores do grupo e convidados, com o objetivo de promover discussões sobre o tema e difundi-lo. A iniciativa conta com a participação de várias instituições no Brasil, México, Argentina, Estados Unidos e Inglaterra. Os interessados em participar devem se inscrever através da plataforma do evento (www.even3.com.br/ciclomarcasdeprov2020).

Ex-libris é locução latina que significa “dos livros de”, “dentre os livros de” ou “(um) dos livros de”. Trata-se de etiqueta, cuja função é identificar a que instituição ou indivíduo pertence o item bibliográfico. Assim como as assinaturas, os carimbos e as dedicatórias, os ex-libris contribuem para personalizar a obra e inseri-la numa coleção, dificultando seu extravio. Nesse sentido, alguns proprietários apelavam até mesmo para a “maldição” na hora de confeccioná-los: “Sem livro meu, sem dedo seu”; “Este livro é de Fulano, que se ele se perder, pelo amor de Deus, lho torne a dar, senão no inferno o irá pagar”.

Coladas na parte interna, normalmente no verso da capa ou na guarda do livro, essas etiquetas possuem valor que extrapola o mero utilitarismo da identificação. Sua produção, desde a origem, é revestida de caráter artístico, que individualiza e personaliza a obra, ao identificar os gostos, os ideais, os costumes, a profissão, as características e o grupo social de seu proprietário. Os ex-libris apresentam temas variados: heráldicos, simbólicos, paisagísticos, religiosos. Alguns chamam atenção por contemplarem temáticas inusitadas, com toques de humor e erotismo. Em 2017, o Museu “Mariano Procópio” promoveu exposição sobre o tema no parque da instituição, com a reprodução de ex-libris encontrados em diversas obras do acervo. Além disso, neste mesmo ano, e em 2019, Sérgio, juntamente com a historiadora Priscila Costa Pinheiro, ministraram palestras sobre o tema, durante as edições da “`Primavera dos Museus”.

Fonte: Assessoria




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