O projeto de extensão “EmancipAção – Direitos Humanos e Cidadania”, vinculado à Faculdade de Serviço Social, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), está com inscrições abertas para o primeiro curso on-line voltado para formação de educadores populares. São oferecidas 20 vagas e os interessados devem preencher o formulário via internet até 12 de outubro.
Há uma seleção prévia, priorizando os profissionais que já atuam em cursinhos populares, sendo metade das vagas destinadas para esse público, e o restante para os demais inscritos. Além disso, o curso também é voltado para profissionais que estejam vinculados a movimentos sociais, educadores populares, sindicatos, partidos políticos, professores da rede pública e privada, tanto do ensino superior quanto fundamental e médio, estudantes universitários e secundaristas que estejam envolvidos com a educação em algum nível.
As atividades, previstas para terem início no começo de novembro, ocorrem de forma remota, visando a adaptação ao atual quadro de pandemia. O curso é distribuído em oito aulas, uma a cada 15 dias, com duração de duas horas. O objetivo é oferecer um espaço para aprendizado, troca, diálogo e uma capacitação rica, a fim de preparar educadores da cidade para atuarem na oferta de cursinhos populares.
Para confirmar a inscrição, é preciso que haja o envio de uma carta de compromisso comprovando a atuação em alguma instituição, seja sindicatos, movimentos populares, e outros, constando a assinatura do coordenador, responsável ou membro da ação, de forma que ateste o vínculo com a mesma.
Conteúdo
O conteúdo programático prevê que a primeira aula tem como discussão o “Método Paulo Freire e a Educação Popular”. Os demais temas abordam “Formação Social Brasileira”, que consistirá em três encontros; “Direitos Humanos e Cidadania”; e “Cidadania e Sujeitos Periféricos”. Além disso, a atividade conta com uma aula de encerramento, com avaliação interna e resposta de dúvidas.
Segundo a coordenadora do projeto, Edneia Alves de Oliveira, a motivação para o curso nasceu da necessidade de desenvolver um formato de ensino que se adeque à realidade dos estudantes, reconhecendo influências sociais e culturais que os cercam. “Acreditamos que construindo uma forma de educação coletiva, vamos abrir portas para um processo de ampliação dos saberes e de formação de massa crítica capaz de desenvolver reflexões sobre e a partir de suas trajetórias de vida, compreendendo os fundamentos da formação brasileira e sua inserção nesse processo. Somente a partir de uma perspectiva diferenciada de escola é que podemos construir uma resistência forte ao projeto dominante.”
Para a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, o projeto da Faculdade de Serviço Social faz parte de um conjunto de iniciativas coordenadas pela Pró-reitoria de Extensão (Proex) com o objetivo fortalecer o contato com as organizações e entidades da sociedade civil, a fim de promover reflexões e organizar as reivindicações na direção do cumprimento dos direitos sociais. “Aqui se tem um espaço de formação para atuação de educadores no campo da educação popular em futuros cursinhos que possam ser efetivados. A ação contribui para a garantia de um direito importantíssimo na sociedade brasileira que é a educação.”
Todos os envolvidos que participarem das aulas de forma integrada receberão certificado de participação e conclusão da capacitação.
Fonte: Assessoria