A F1 terá novo comandante a partir da temporada de 2021, trata-se do ex-chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, que ficou no cargo da escuderia de 2008 a 2014. O italiano assumirá o posto de Chase Carey, que será presidente não executivo da principal categoria do automobilismo mundial.
Domenicali se tornou chefe do time de Maranello, após a saída do vitorioso Jean Todt. Em seu primeiro ano, conquistou o último título de construtores da Ferrari e ficou com o vice-campeonato de pilotos do brasileiro Felipe Massa, ambos em 2008. No início de 2014, deixou a equipe após um duro começo de campeonato para Fernando Alonso e Kimi Raikkonen. Após deixar a F1, Domenicali virou diretor-executivo da Lamborghini em 2016 e também atuou como presidente da comissão de monopostos da FIA.
Após o anúncio de sua promoção para a presidência, o italiano celebra pela escolha e também no retorno à categoria, “Estou emocionado em me juntar a organização Fórmula 1, um esporte que sempre fez parte da minha vida. Eu nasci em Imola, e vivi em Monza. Permaneci conectado com o esporte através do meu trabalho na FIA e estou ansioso para me conectar com as equipes, promotores, patrocinadores e muitos parceiros da Fórmula 1 enquanto continuamos a guiar os negócios. Os últimos seis anos na Audi liderando a Lamborghini me deram uma grande perspectiva e experiência que tratei para a F1”.
Já Chase Carey fala sobre os momentos que vive na categoria até então, elogiando também os trabalhos exercidos pela Liberty Media (dona dos direitos da F1) e se coloca à disposição para auxiliar Stefano Domenicali:
“Foi uma honra liderar a Fórmula 1, um verdadeiro esporte global com um passado histórico ao longo dos últimos 70 anos. Estou orgulhoso da equipe que não apenas navegou através de um desafiador 2020, mas agregou propósito e determinação na sustentabilidade, diversidade e inclusão. Estou confiante de que construímos uma base forte para que o negócio continue a crescer à longo prazo. Estou ansioso para permanecer envolvido e apoiando Stefano”.
O que dizem os chefes das equipes
Logo após o anúncio do novo presidente da F1, os chefes das equipes avaliaram sobre a novidade. Christian Horner, da Red Bull, por exemplo, brincou com a escolha de Domenicali, dizendo que o novo comando da categoria é a cara da Ferrari:
“Você olha para as pessoas no topo do esporte, como Jean Todt, Ross Brawn e Stefano, e parece que é a Ferrari dos anos 90 ou dos anos 2000. Mas não acho que haja um favoritismo particular desses indivíduos. Tenho certeza que Stefano será honrado em sua imparcialidade”.
A partir do próximo ano, a F1 terá três ex-funcionários da Ferrari, entre os principais cargos: Jean Todt, atual presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), Ross Brawn, hoje diretor esportivo e Stefano Domenicali, novo presidente da F1.
O chefe da McLaren, Andreas Seidl, trabalhou com o novo mandatário, enquanto dirigia o programa de carros esportivos da Porsche, e ele não tinha dúvidas sobre o conjunto de habilidades que traria:
“Eu pessoalmente trabalhei junto com Stefano durante meu tempo na Porsche também, quando estávamos trabalhando em um projeto especial. Stefano me ajudou muito com sua experiência para trabalhar naquele projeto. E acho que com toda essa experiência que ele está tendo, correndo uma pista em Mugello, fazendo diferentes trabalhos na Ferrari, incluindo a posição de chefe da equipe, sendo o CEO da Lamborghini, acho que ele seria uma ótima escolha”.
O atual chefe da equipe da Ferrari, Mattia Binotto , que trabalhou sob a liderança de Todt e Domenicali no Cavalo Empinado, disse:
“Estamos muito satisfeitos que a função de Chase seja confiada a Stefano a partir de 1º de janeiro. Seu talento como dirigente e principalmente seu conhecimento da modalidade, aliados à sua experiência e qualidades pessoais, fazem dele a escolha ideal para levar adiante as reformas de Chase. Pessoalmente, será um prazer para mim trabalhar com um bom amigo, pois passamos juntos na Ferrari. Estou ansioso para trabalhar com todas as outras partes interessadas neste esporte e com ele para tornar a Fórmula 1 ainda mais forte e mais espetacular. ”