Conforme o diretor-geral da Funalfa, Zezinho Mancini, a decisão de concentrar a totalidade da verba no edital foi amplamente debatida com os agentes locais de cultura: “Fizemos reuniões com as trabalhadoras e os trabalhadores do segmento. A maioria teve o entendimento de que essa é a opção mais democrática e eficaz, no sentido de ajudar a reerguer o setor cultural, que tem sido muito penalizado nesta pandemia de covid-19”.
A gerente de Fomento à Cultura da Funalfa, Tamires Fortuna, explicou que, embora seja único, o edital apresenta categorias distintas: “Será um edital guarda-chuva, que prevê recursos para os técnicos e as linguagens artísticas, incluindo indivíduos e coletivos. Também há uma divisão voltada para a cultura popular e urbana. Nesse caso, atendendo especificamente aos coletivos. E, finalmente, haverá também a categoria de subsídio para espaços culturais, dividida em três partes: micro e pequenas empresas culturais, espaços culturais de fruição artística e espaços de ensino cultural e artístico”.
Em fase final de elaboração, o edital deverá ter ainda cotas para setores que historicamente acessam com menor frequência as políticas de incentivo cultural implementadas pelo Poder Público. “Esses setores foram mapeados a partir do Cadastro Municipal de Cultura, que permanece aberto no link funalfa.com.br/cadastro. Com mais de dois mil inscritos, esse banco de dados funciona como um radar, nos apontando trabalhadores da área que precisam ser vistos, valorizados e incentivados a produzir”, afirmou o assessor do Departamento de Fomento à Cultura, Henrique Araújo.