Alfredo Ferreira Lage (1865-1944), fundador do Museu “Mariano Procópio”, era ligado ao colecionismo desde muito cedo. Ainda criança, começou a colecionar minerais, e ao longo de sua vida somou ao seu acervo milhares de itens. Dentre as peças e objetos, alguns documentos evidenciam sua rede de sociabilidade, mantendo amizade com importantes personalidades da época. Em vídeo produzido pela instituição, o público poderá conhecer um pouco de sua coleção de autógrafos, com álbum e demais documentos apresentados pela historiadora Priscila Costa Pinheiro, que atua no arquivo histórico e bibliográfico do Museu.
No vídeo, a historiadora explica o significado de autógrafo, que vai além da definição de simples assinatura, como muitas pessoas pensam. Autógrafo pode ser qualquer manuscrito, desenho, documento, carta, frase literária ou musical. A partir do século 19, a moda de colecionar autógrafos se difundiu na Europa e nos Estados Unidos. No século 20, o comércio desse item de coleção se intensificou, e, atento às práticas colecionistas de seu período, Alfredo formou sua coleção, que posteriormente daria origem ao arquivo histórico do Museu.
Para adquirir um autógrafo, o colecionador levava em conta alguns critérios, procedência, autor, destinatário, raridade e conteúdo dos documentos. Três autógrafos estão em destaque no vídeo, sendo dois documentos, um assinado por José Bonifácio (1763-1838), no período em que era tutor de Dom Pedro II (1825-1891) e outro por Napoleão Bonaparte (1769-1821), e um poema escrito por Castro Alves (1847-1871). Alguns itens da coleção foram adquiridos por doação, leilão e pedidos por Alfredo diretamente a várias pessoas e personalidade, de acordo com sua arte ou fazer, conforme pode ser visto em seu álbum. Além dessas informações, outras curiosidades são apresentadas neste trabalho, disponível no canal oficial da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), no youtube e nas redes sociais do Museu, facebook.com/museu.marianoprocopio e instagram (@museumarianoprocopio).
Fonte: Assessoria