Após quase 10 dias de paralisação das atividades, os funcionários do Transporte Coletivo Urbano (TCU) de Juiz de Fora, chegaram a um acordo na quarta-feira (26) e diante disso, a greve chegou ao fim. Todos os motoristas e cobradores, participaram de uma votação e concordaram com o novo acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro) e as empresas Ansal, São Francisco e Tusmil.
Segundo informações do Sindicato, a frota de ônibus urbano retomou suas atividades na madrugada desta quinta-feira (27) e todos os veículos já estão em circulação pela cidade.
A apuração foi encerrada por volta das 19h30 e foram contabilizados 1.180 votos válidos, sendo que quatro foram nulos, 833 favoráveis ao novo plano e 346 negaram a proposta apresentada. Diante disso, os trabalhadores do transporte coletivo concordaram com: redução do ticket alimentação em 10%, retirada de alguns itens da cesta básica, estes até junho de 2021. Redução da jornada de trabalho para no mínimo 60%, suspensão do abono de férias e gratificação por antiguidade e programação de discussão do índice de reajuste, estes para janeiro de 2021.
Além disso, diante da suspensão da greve, o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), deve ser assinado em uma audiência junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3):
“Com a aprovação, a greve será suspensa até que o ACT seja assinado. Vamos marcar uma audiência no TRT-3 para assinar. Apenas precisamos entrar em contato com a nossa advogada para solicitar a realização da audiência” diz o presidente do Sinttro/JF, Vagner Evangelista.
Vans escolares
A Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) revogou na manhã desta quinta-feira, a portaria que autorizava a utilização de veículos de transporte escolar, como forma de complemento ao serviço de transporte coletivo urbano (TCU). As vans não estão mais autorizadas a circular com passageiros deste atendimento, exceto em caso de nova greve ou paralisação.
A paralisação
Na terça-feira (18), o transporte coletivo foi suspenso e os funcionários estão em greve por tempo indeterminado. Conforme o Sinttro, os motivos foram por conta de redução das cestas básicas e também do corte de 50% dos salários, além do não pagamento do mês de julho.