Frota de ônibus coletivo volta a circular de forma parcial em Juiz de Fora

Após três dias desde o início da greve dos funcionários, o Transporte Coletivo Urbano (TCU) de Juiz de Fora, teve sua frota de ônibus circulando de forma parcial pelo município nesta sexta-feira (21), em meio ao quarto dia de paralisação. A decisão de retomar com parte dos serviços, se deu após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), impor multa no valor de R$ 50 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro), por conta do descumprimento da ordem judicial, que prevê cumprimento de 70% da frota de ônibus em circulação, determinado pelo desembargador do trabalho Fernando Luiz Gonçalves Rios, da Secretaria de Dissídios Coletivos e Individuais do TRT.

Inclusive, ele determinou que se a ordem judicial for descumprida, haverá majoração do valor da multa em R$ 70 mil. O desembargador determinou também o bloqueio de contas do Sinttro.

Além disso, o Sindicato trabalha para garantir a presença de 60% da frota nas ruas da cidade, mas que a greve irá prosseguir, uma vez que tenta negociar com as empresas sobre a questão dos direitos e benefícios dos funcionários.

Mesmo com alguns ônibus coletivos estarem em circulação, as vans escolares seguem trabalhando para auxiliar no transporte da população, determinado pela Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). O transporte estará em circulação enquanto durar a greve, total ou parcial. O valor cobrado é o mesmo dos ônibus coletivos, R$ 3,75.

A paralisação

Desde a 00h01 de terça-feira, o transporte coletivo foi suspenso e os funcionários estão em greve por tempo indeterminado. Conforme o Sinttro, os motivos são por conta de redução das cestas básicas e também do corte de 50% dos salários, além do não pagamento do mês de julho.

Crise nas empresas de ônibus

Por conta da pandemia do novo Coronavírus, as empresas de ônibus do município têm dívidas de R$ 7 milhões desde o mês de março, conforme a Astransp. Segundo informações dos consórcios, desde outubro de 2019, o número de passageiros pagantes ultrapassou a marca de 7 milhões. Já em março e abril deste ano, o número caiu para 4,9 e 2,2 milhões respectivamente.

Diante disso, as empresas alegam que a queda de usuários nos ônibus gerou desequilíbrio financeiro e no contrato de recessão. Além disso, os representantes já se reuniram com a Prefeitura de Juiz de Fora, para negociar reequilíbrio financeiro dos contratos de concessão do transporte.

 

 




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