Transporte coletivo urbano segue paralisado pelo terceiro dia seguido

Pelo terceiro dia consecutivo, os funcionários do Transporte Coletivo Urbano (TCU) de Juiz de Fora, aderiram novamente à greve nesta quinta-feira (20), por conta da redução das cestas básicas e também do corte de 50% dos salários, além do não pagamento do mês de julho.

No início da manhã, alguns motoristas de ônibus da Viação Ansal, chegaram a circular pela cidade, entretanto ao chegarem na região central da cidade, foram hostilizados pelos manifestantes no local e por conta disso, os veículos tiveram que retornar para a garagem na empresa no Bairro Bandeirantes.

Durante a manifestação na altura do Parque Halfeld, a Polícia Militar (PM) esteve presente para garantir a segurança de pedestres, bem como dos motoristas e cobradores presentes no ato. Logo em seguida, os manifestantes caminharam pela Avenida Rio Branco, sentido ao Bairro Manoel Honório.

Além disso, na tarde de quarta-feira (19), a 3ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou para que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro), permitisse a circulação de pelo menos 60% da frota.  Existe uma lei imposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que prevê circulação de 30% dos ônibus durante a greve. Inclusive, o desembargador do trabalho Fernando Luiz Gonçalves Rios, da Secretaria de Dissídios Coletivos e Individuais do TRT, emitiu uma liminar que prevê multa diária no valor de R$ 50 mil e responsabilização pessoal.

Mesmo com a determinação do MPMG e da Lei da Greve, do cumprimento de 30% da frota de ônibus, não há nenhum veículo circulando pelo município desde terça-feira (18), pois segundo o Sinttro, a categoria não aceitou tal manutenção.

A paralisação

Desde a 00h01 de terça-feira, o transporte coletivo foi suspenso e os funcionários estão em greve por tempo indeterminado. Conforme o Sinttro, os motivos são por conta de redução das cestas básicas e também do corte de 50% dos salários, além do não pagamento do mês de julho.

Por conta da greve, a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) encaminhou um documento, no qual autoriza o funcionamento de vans escolares, para atender a toda população do município. O transporte estará em circulação enquanto durar a greve, total ou parcial. O valor cobrado é o mesmo dos ônibus coletivos, R$ 3,75.

Crise nas empresas de ônibus

Por conta da pandemia do novo Coronavírus, as empresas de ônibus do município têm dívidas de R$ 7 milhões desde o mês de março, conforme a Astransp. Segundo informações dos consórcios, desde outubro de 2019, o número de passageiros pagantes ultrapassou a marca de 7 milhões. Já em março e abril deste ano, o número caiu para 4,9 e 2,2 milhões respectivamente.

Diante disso, as empresas alegam que a queda de usuários nos ônibus gerou desequilíbrio financeiro e no contrato de recessão. Além disso, os representantes já se reuniram com a Prefeitura de Juiz de Fora, para negociar reequilíbrio financeiro dos contratos de concessão do transporte.




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