Em coletiva virtual realizada nesta sexta-feira (17/7), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, falou sobre as ações desenvolvidas a fim de superar os desafios apresentados pela epidemia da covid-19 no estado. De acordo com Amaral, dificuldades na aquisição de respiradores e de medicamentos são alguns dos gargalos identificados pela secretaria.
Respiradores
Apesar das dificuldades na aquisição de respiradores, devido ao aumento na demanda mundial por esses equipamentos, o Governo de Minas adquiriu 1.047 máquinas para o enfrentamento à covid-19. A destinação dos aparelhos está sendo definida pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) e determinada conforme critérios epidemiológicos e assistenciais.
“Nós estamos a cada dia ampliando nossa capacidade assistencial, à medida que os respiradores chegam à SES. Hoje nós contemplamos Patos de Minas, com 9 equipamentos, Ituiutaba, com 3, e o Consórcio Intermunicipal de Urgência e Emergência (Consurge), com 9”, detalha o secretário.
Medicamentos
Já no que se refere ao abastecimento de medicamentos, Carlos Eduardo Amaral destacou que, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) conta, no momento, com estoque considerável, não havendo risco de desabastecimento. Entretanto, o gestor pontua que a SES-MG monitora a situação de alguns prestadores que manifestaram redução do estoque.
“Já há algum tempo estamos controlando o estoque de medicamentos no estado e prestando muita atenção ao que cada prestador sinaliza. De forma geral, a primeira medida que tomamos, já em março, foi sinalizar com muita clareza que os prestadores deveriam suspender as cirurgias eletivas para economizar não só medicamentos, mas também Equipamentos de Proteção Individual (EPI)”, explica o secretário.
Além do repasse de R$ 92 milhões a prestadores, com o objetivo de aumentar os estoques de equipamentos, anestésicos e outros insumos, a SES também participa, junto ao Conselho de Secretários Estaduais de Saúde, de um processo de compra que envolve o Ministério da Saúde. O objetivo é importar medicamentos, por meio de uma compra maior e, assim, regular os estoques no país. “Essa compra está num processo avançado e temos algumas sinalizações de que no prazo de 15 dias já teremos, se não todos, algum volume de medicamentos chegando ao país e sendo distribuídos aos estados, afirma Amaral.
Ainda de acordo com o secretário, atualmente ocorre um desabastecimento mundial e as indústrias brasileiras encontram-se sobrecarregadas devido ao aumento no consumo de medicamentos no país. “Todos os estados aumentaram consideravelmente o número de leitos e isso traz uma dificuldade real da compra de grandes volumes de medicamentos”, pontua.
Isolamento
Embora ainda não tenha havido a necessidade de implementar no estado medidas mais restritas de isolamento e distanciamento social, o chefe de Gabinete da SES-MG, João Pinho, afirmou que um regulamento com esses fins se encontra em elaboração.
“Por ser uma norma de exceção, há várias etapas técnicas, administrativas e jurídicas para que tenhamos essa ferramenta disponível. Entretanto, com base nos números atuais de leitos e também na incidência da doença, não há a necessidade imediata de fazer o chamado lockdown”, explica João Pinho.
Fonte: Agência Minas