O aniversário de Juiz de Fora (31 de maio) faz parte das celebrações do Museu “Mariano Procópio”, assim como outras datas importantes do calendário nacional. O que reforça o laço da instituição com a comunidade. Diversos momentos evidenciam a relação entre o espaço de memória e a cidade, como a celebração do centenário do Município, em 1950, através de evento de grande destaque. Além disso, a criação de exposições com artistas da cidade e coleções do acervo, como livros relacionados à história local, são mencionados nos relatórios anuais do Museu.
A professora Geralda Armond (1913-1980), prima do advogado Alfredo Ferreira Lage (1865-1944), o fundador do Museu, e filho do engenheiro Mariano Procópio (1821-1872), foi importante figura para a instituição, bem como para o Município. Segunda diretora do Museu (1944-1980), foi responsável por dar continuidade à legitimação do espaço, não apenas local, mas em todo o país. Como educadora, buscou incluir a instituição na grade escolar, além de outras iniciativas que geraram o crescimento de visitações. As comemorações de datas cíveis são destacadas em seus relatórios, com descrição de cada ação e evento.
No relatório de 1950, por exemplo, Geralda Armond destacou a celebração do centenário da cidade e as doações de obras ao acervo do Museu, assim como a criação, em 14 de maio daquele, da “Sala Juiz de Fora”. No documento estão algumas expressões sobre a importância que o Museu estava dando à data: “O relatório deste ano reveste-se de maior expressão, porque é o relatório do Ano do Centenário do Município de Juiz de Fora – 1950” (…) “Não queríamos e não deveríamos consentir que as comemorações do centenário do Município no Museu ficassem apenas em solenidades que horas depois são esquecidas. Não. Queríamos mais, desejávamos um marco do Centenário, que se perpetuasse através dos tempos”.
O relatório também relatou a doação do Museu a Juiz de Fora, importante marco do mecenato de Alfredo Lage, tido como gesto de amor à cidade. Embora ele não tenha criado o “Museu da cidade”, dado ao acervo que vai além do contexto municipal, escolheu sua terra natal para criar a instituição. O Museu é reconhecido pela população como um dos principais pontos turísticos da cidade e espaço de grande memória afetiva. A doação, em 1936, incluiu a coleção, os prédios e o parque.
Campanha “Minha Foto no Museu”
Para celebrar agora os 170 anos de Juiz de Fora foi lançada no início do mês a campanha “Minha Foto no Museu”, que propõe o compartilhamento de fotografias feitas pelo público, como momentos de visitação, lazer e imagens dos diferentes espaços da instituição. Os trabalhos foram encaminhados por e-mail e compartilhados pelos participantes, através de suas redes sociais. As mais de 250 imagens foram incluídas em quatro apresentações, que estão sendo publicadas nas redes sociais do Museu.
Fonte: Assessoria