Polícia Civil e Militar prendem quadrilha por comércio de drogas no Bairro Granjas Bethânia

Após 3 meses de investigações, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) junto com a Polícia Militar (PM), deflagrou nessa quarta-feira (5) a “Operação Sinaloa” que resultou na prisão de um casal de 24 e 20 anos respectivamente, e quatro adolescentes com idade entre 13 e 17 anos. A Operação foi deflagrada no Bairro Granjas Bethânia (Região Nordeste) em Juiz de Fora. O indivíduo arquitetava todo o esquema da comercialização de drogas, juntamente com sua esposa.

Todo o trabalho das investigações foi feito em conjunto com o Serviço de Inteligência do 4º Departamento, com a Delegacia Especializada Antidrogas e a Polícia Militar. Ao todo, 24 policiais civis e 21 policiais militares trabalharam em conjunto na operação, além do auxílio de cães farejadores.

De acordo com o responsável pelas investigações, Delegado Doutor Rafael Gomes, relembrou da “Operação Narcos” da Polícia Federal, ocorrido no último ano, ocorreu o mesmo caso no Granjas Bethânia, naquela ocasião um dos traficantes foi preso, no entanto o outro fugiu e o mesmo foi preso nessa quarta-feira (5):

 

“Essa operação teve êxito em prender um dos maiores traficantes do local, porém um outro que também atuava no alto escalão do Bairro Granjas Bethânia, nosso alvo dessa nova Operação, passou ileso por esse serviço e desde então assumiu o comando do tráfico de drogas” detalhou.

 

O Delegado explica sobre como o autor do crime realizava o esquema do comércio de uma grande quantidade de maconha e fornecia “para toda a cidade de Juiz de Fora e até mesmo para outras cidades da Zona da Mata e também para o Bairro Granjas Bethânia”.

De posse das informações, os agentes realizaram diversas diligências investigatórias e apuraram todo o modos operandi do suspeito e chegaram a conclusão de que ele montou uma verdadeira organização criminosa no local, associada ao tráfico de entorpecentes.

Rafael comenta sobre quem participava no esquema feito pelo traficante e que o mesmo:

 

“Recrutava adolescentes infratores, que trabalhavam para ele, como aviõezinhos do tráfico”. E o modus operandi dele era o seguinte: ele deixava a maior parte da droga enterrada em tonéis ou até mesmo diretamente na terra, dentro de bolsas enterradas em terrenos baldios próximos à residência dele. Ele retirava uma pequena parcela de maconha, fracionava e colocava nas mãos de adolescentes infratores, para que, a mando dele, realizassem a revenda.”

 

Devido ao todo esquema e à rotina do suspeito, Delegado Rafael conta que era difícil realizar abordagem contra o indivíduo, devido à residência em que ele vive:

 

“Diante dessa trama criminosa que ele arquitetou, era muito difícil realizar abordagem desse indivíduo. A casa dele tem dois portões bem reforçados e é muito extensa, portanto por diversas vezes, ele conseguia fugir do local e quando conseguia ser abordado, nada era encontrado com ele”.

 

O Tenente José Carlos Matos, comandante da 31ª Companhia (responsável pelo patrulhamento no Granjas Bethânia), diz que os moradores do bairro, constantemente faziam reclamações, referentes ao alvo da operação:

 

“Esse alvo é recorrente de reclamações da companhia, por denúncias anônimas e moradores. Recebemos muitas denúncias pelo 181, referentes a este indivíduo e aos modus operandis dele. Desde então eu sempre estou colocando policiamento preventivo, fardado com viaturas  para realizar abordagens em diversos locais, confirmando todas as denúncias. Todas as abordagens, principalmente nesta operação em conjunto com a Polícia Civil, demonstraram que tudo que foi narrado nas denúncias e nas abordagens policiais, eram realmente verídicos”.

 

O Tenente conta que os adolescentes apreendidos na operação, “já foram apreendidos este ano umas quatro vezes, todas em referência ao tráfico no local” completou.

Ao todo foram apreendidos 7 barras e um pé de maconha, R$ 53,00 em dinheiro, 3 celulares e outros materiais. O casal foi ratificado por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Os adolescentes foram apreendidos pelos mesmos crimes, além por corrupção de menores e atos infracionais análogos ao tráfico de drogas.




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