As palavras provocam reações em cadeia

As palavras provocam reações em cadeia

Os planos devem ser grandiosos, pois os pequenos planos não são atraentes. Todavia, os planos devem ser secretos. Um plano, ao mesmo tempo que precisa ser preparado cuidadosamente, deve ser executado em segredo até certo momento. Não devemos pensar que revelar o plano logo no início seja uma forma de concretizá-lo através do poder da palavra. A palavra possui pressão interna para concretizar o seu conteúdo com a máxima potência enquanto está acumulada na mente como pensamento. Se exteriorizarmos esse pensamento através da fala, a “pressão interna do pensamento” diminuirá na proporção em que for falado, reduzindo-se assim a sua força de concretização. Por exemplo, ao exclamarmos “Ai, que frio!”, a ideia de frio contida na mente está sendo exteriorizada e parcialmente eliminada. A ideia perde a sua energia à medida que vai sendo manifestada no mundo das formas, do mesmo modo que a energia elétrica acumulada na bateria vai diminuindo à medida que vai se transformando em luz, força motriz, som de alto-falantes etc.
Embora a pressão interna do pensamento diminua na medida em que esse pensamento é expresso em palavras, a sua força concretizadora aumenta através do poder da palavra quando essas palavras gravam sua ideia na mente da própria pessoa que fala, bem como na de outras pessoas através de seu poder sugestionado e provocam uma reação em cadeia. Se não ocorresse reação em cadeia, nem a bomba atômica conseguiria desprender a energia da reação nuclear produzida pela explosão. A questão é a forma como se manifesta essa reação em cadeia. Quando se manifesta de forma destrutiva, resulta em explosão da bomba atômica; e quando se manifesta de forma construtiva, gera uma força motriz útil para as indústrias. Da mesma maneira, quando a reação em cadeia das palavras manifesta-se construtivamente, resulta numa força que cura doenças, levanta o ânimo e concretiza os planos. Mas quando ela se manifesta destrutivamente, produz um efeito negativo que acaba frustrando os planos. Assim, se nossos planos forem anunciados antes do tempo e, em vez, de serem ouvidos somente pelos aliados, chegarem ao conhecimento dos adversários, estes nos enviarão pensamentos hostis do tipo “Tomara que fracasse”, e, por causa da reação em cadeia provocada por esse pensamento hostil, os nossos planos poderão se malograr.

A bússola para o Progresso

“Se você deseja adquirir conhecimentos, precisa pagar o devido preço para obtê-los”, disse Ruskin. Marden também confirmou: “Seja qual for o seu ideal, pague o seu devido preço. Se não quer pagá-lo, siga sem desejar nada. O que é bom não se encontra ao acaso na Natureza, nem existe caminho que encurte a distância para se chegar a algo de real valor. Não há senão dois caminhos a tomar na vida: ou avançar com determinação, conquistar a coisa almejada e tornar-se um vitorioso, ou recuar, e ficar à margem da vida como um mendigo”. Muitas pessoas sofrem fracassos porque tentam alcançar o sucesso sem despender o devido esforço, escolhendo o caminho mais cômodo, e acabam se perdendo no meio do caminho. Um bom exemplo é o caso de alguém que deseje ser um exímio pianista. Se ele mandar uma outra pessoa treinar ao piano em seu lugar e não se esforçar por si mesmo, jamais poderá se aprimorar nessa arte. Ninguém pode pagar por você o preço representado pelo “esforço”, para o seu aperfeiçoamento. Caso alguém pague o esforço por você, o mérito será dele, que alcançará o valor na quantidade correspondente ao seu esforço.




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