Grupo faz passeata em repúdio à mudança no comando da Delegacia de Mulher

Na tarde desta quinta-feira, 4, por volta das 14 horas, um grupo de pessoas se reuniram na Rua Rui Barbosa, localizada do Bairro Santa Terezinha, para um apitaço, repudiando a saída da delegada Ione Barbosa, da Delegacia de Mulher. Segundo os responsáveis pelo movimento, 60 pessoas participaram desta ação, entre mulheres e homens.

Ione Barbosa recebeu, no último dia 29, a informação que seria transferida para a 4ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora, responsável por investigações de crimes na zona Nordeste da cidade. Carolina Gonçalves Magalhães será a nova delegada responsável pela Delegacia de Mulheres.

Eles alegam que essa saída aconteceu de forma brusca e que é uma grande perda, já que a delegada tem especialização nesta área.

Para a advogada e ativista na proteção a mulher, Rose França, “A Ione tem especialização, ela tem mestrado nesta área e é uma pessoa dedicada. Então, além da capacidade profissional, por ela ser uma delegada, existe também essa capacidade técnica. Eu acho que seria muito importante se ela pudesse somar na proteção da mulher. E que não retirassem esse direito dela”.

A moradora do bairroVila Montanhesa, Ana Maria de Jesus Silva, disseque quando soube da saída da delegada, ela resolveu fazer um abaixo-assinado. “Eu soube há três dias, pela minha filha, que a delegada Ione, tinha saído da Delegacia de Mulher. Então eu resolvi fazer este abaixo-assinado a favor da doutora Ione. Somente hoje pela manhã eu peguei essas duas folhas de assinaturas”. Até o momento da ação ela havia coletado, sozinha, 37 assinaturas.

“Eu sou a favor dela, pois meu filho foi preso e minha filha buscou a ajuda dela. Se não fosse ela, meu filho estaria preso até hoje”, disse Ana Maria de Jesus Silva.

Segundo a organização, cerca de 60 pessoas estiveram no ato. Foto: Rafaela Frutuoso

Após a concentração na praça, o grupo seguiu pelas ruas do bairro com sonsde apitos e frases “Vamos Brasil. Tem que mudar. Doutora Ione tem que voltar!”, até chegar na frente da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil. Na porta cobravam respostas, clamando, “Quem vai nos atender? Queremos o porquê”.

O grupo havia elegido uma comissão, formada por seis mulheres, para conversar e pedir explicações ao delegado regional,Armando Avolio Neto, porém ele estava em viagem. Com isso, a comissão foi recebida por inspetores que prometeram um posicionamento na próxima segunda-feira, 8.

“Os inspetores da polícia civil nos receberam, por que o delegado regional responsável está em viagem para Belo Horizonte, resolvendo outras causas. Então eles nos ouviram e marcaram um retorno para a próxima segunda-feira. Então, na próxima segunda-feira, teremos uma comissão formada por mulheres, aqui na delegacia, para buscar respostas”, informou Érica Silva Bernardo, uma das organizadoras e membro da comissão.

Segundo os organizadores, no próximo sábado, 6, acontecerá uma nova ação, na rua Halfeld, região central da cidade, em frente ao Banco do Brasil.




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