“Fevereiro Laranja”: campanha de conscientização sobre a Leucemia

A campanha “Fevereiro Laranja” tem como objetivo conscientizar e ressaltar a importância do combate à leucemia, além de destacar a importância do diagnóstico precoce e conhecimento dos sintomas e tratamentos.

A leucemia é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo de células doentes na corrente sanguínea. “São células produzidas de forma anormal pela medula óssea, que são chamadas de ‘leucócitos’. São as células que estão envolvidas com a nossa imunidade, a nossa defesa em relação às infecções”, explica a médica oncologista Tatyene Nehrer de Oliveira. As células começam se acumular de uma forma doente, para mais ou para menos, na medula óssea, no sangue, caracterizando a doença.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2018, no Brasil, foram registrados 10.800 casos, sendo 5.940 homens e 4.860 mulheres. Segundo Atlas de Mortalidade por Câncer de 2015, o número de mortes pela doença foi de 6.837, sendo 3.692 homens e 3.145 mulheres. Segundo a oncologista, a doença também acomete a população infantil.

Existem mais de 12 tipos de leucemia e a doença pode comprometer a vida e a qualidade de vida. A leucemia é classificada em tipos, sendo ‘crônica’ ou ‘aguda’. “As leucemias agudas podem levar o paciente a óbito em poucos dias e as leucemias crônicas é uma patologia de desenvolvimento lento. Então, o paciente pode ter sintomas por um período de tempo mais longo”, explica a oncologista.

Tatyene explica que os sintomas da leucemia podem ser confundidos com o de outras doenças. Os sinais são febre, palidez, cansaço, hematomas pelo corpo, emagrecimento, artralgia e/ou dor muscular que permanece por um longo tempo, hemorragia de forma geral ou sangramentos, nasal, urinário ou nas fezes. Além disso, aumento de volume abdominal como consequência do aumento do baço. As causas da doença ainda não são definidas, mas alguns fatores estão associados ao risco de desenvolvimento de algum dos tipos da doença, como tabagismo ou quimioterapias anteriores, por exemplo.

A doença também acomete a população infantil. Foto: Rafaela Frutuoso

Especialistas ressaltam a importância do diagnóstico precoce da doença. Para isso, orienta Tatyene, é preciso ficar atento aos sinais e sintomas e procurar assistência médica mais próxima “para confirmar ou afastar a possibilidade dessa doença”. O diagnóstico definitivo da doença é feito através da biópsia de medula óssea. Os outros exames, como o exame físico ou de sangue, podem trazer uma suspeita da doença, como explica a oncologista. “É importante o diagnóstico precoce para que o tratamento seja instituído o mais rápido possível porque em casos de leucemias agudas, se não diagnosticadas de forma rápida, elas matam”, disse.

O tratamento vai depender do tipo de leucemia que o paciente for diagnosticado. “As leucemias agudas são as consideradas potencialmente curáveis, já as leucemias crônicas são patologias controláveis, mas não curáveis”, explica Tatyene. Em alguns casos, dependendo do diagnóstico, o paciente precisa de transplante de medula óssea.

Alguns mitos cercam a leucemia e um deles é sobre ser uma doença transmissível. “Tem gente que ainda pensa que é uma doença transmissível, mas não é. São pacientes que precisam de acolhimento. Temos que colocar por terra alguns mitos e preconceitos sobre o câncer de uma maneira geral e em relação às leucemias também”, disse Tatyene.




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