Na segunda-feira, 21, foi de Coletiva Real na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Após o treino do grupo que se prepara para a Copa do Mundo da França, em junho, a Rainha Marta conversou com os jornalistas presentes no CT da Seleção Brasileira. Em um papo bastante descontraído, a melhor jogadora do mundo começou brincando sobre o almoço (a conversa ocorreu pouco antes das 12h) e foi do riso frouxo ao choro de emoção em cerca de 20 minutos de perguntas e respostas.
O ponto alto da conversa aconteceu quando as lágrimas rolaram do rosto da Rainha. Quando um jornalista pediu para Marta traçar um paralelo da primeira vez que esteve na Granja até o dia de hoje, a camisa 10 lembrou de outros grandes nomes do futebol feminino e emocionou-se pelo desenvolvimento da modalidade.
“Voltar aqui na Granja e ver como tudo mudou. Ver que realmente nossa modalidade está crescendo porque a Formiga começou há 25 anos, pela Pretinha, há 30 anos. Não é uma coisa que acontece de um dia para o outro. Para nós que estamos voltadas para essa luta, isso é muito melhor que um título”, declarou.
Marta também destacou o que representa atualmente para o futebol feminino. A craque da Seleção Brasileira exaltou o apoio que as atletas mais experientes, como Formiga e Cristiane, conseguem passar para a jogadoras que estão iniciando a trajetória com a Amarelinha.
“Nossa participação requer também a experiência. Usar isto de uma forma positiva. Ajudar as meninas que estão chegando agora. A gente faz isso muito bem. Precisamos que elas sintam-se melhores. Contar com a Cristiane e a Formiga é uma motivação a mais. Muito importante para equipe”, acrescentou.
A Copa do Mundo foi o tema central da entrevista coletiva. Na França, caso seja convocada pelo técnico Vadão para a lista final, Marta vai disputar o quinto mundial da carreira. A craque lembrou da primeira Copa que disputou, há 16 anos, e falou sobre as mudanças que passou desde então.
“Cansava menos, né? (Risos). Isso é nítido! Era um futuro meio incerto naquela época. Não imaginava que tudo isso ia acontecer. A diferença maior é a questão física. Nem sempre vamos dar dez piques. Mas a vontade de vencer, a gana, é a mesma. Mas a diferença mesmo é o físico”, afirmou.
Fonte: CBF