A Polícia Militar de Juiz de Fora, através do 27° batalhão, segue com a Operação ‘Excalibur’, no bairro Dom Bosco, zona Sul da cidade. A operação teve início na última sexta-feira, 11, e segue sem data para terminar. A ação da PM vem como resposta aos vídeos que viralizaram nas redes sociais em que jovens aparecem ostentando armas e fazendo disparos para o alto em um suposto baile que ocorria em ponto do bairro conhecido como Chapadão. Nas imagens é possível ver sete jovens com cinco armas de fogo. Um dos rapazes do vídeo aparece segurando três armas nas mãos. Além disso, a região foi alvo de registros de outras ocorrências e desde então o local vem sendo monitorado pela Polícia Militar.
No primeiro dia de operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, tendo como alvos os suspeitos que aparecem nos vídeos, que foram identificados. Os dois suspeitos que aparecem nas imagens não foram localizados porque já teriam deixado o bairro. Os mandados seguem em aberto. O Tenente Aloísio Vargas, Assessor de Comunicação do 27° BPM, ressalta que a região onde a ação foi desencadeada sempre é monitorada pela polícia. “Naquela região, assim como em outros bairros que temos algum tipo de problema, a polícia está sempre atuando de forma rotineira. Com os vídeos e essa afronta desses indivíduos, a instituição, por meio do nosso comando, planejou essa operação para dar essa reposta para a população na altura do que eles provocaram com a divulgação desses vídeos”, comenta.
Além das guarnições do 27°BPM, quem tem a responsabilidade territorial do bairro, a 4ª Companhia Independente de Policiamento Especializado (4ª Cia PM Ind PE), com a presença das equipes de blitz, canil e Grupo Especializado em Radiopatrulhamento (GER), e a 4ª BRAvE (Companhia de Radiopatrulhamento Aéreo), também atuam na operação. “Esses são os principais recursos que temos para atuação, seja na entrada do bairro ou no interior. Por tempo indeterminado esse planejamento vai ser mantido no local, não só por conta dos vídeos, mas para evitar e coibir esse tipo de organização. Essa ação é um complemento, um reforço para as ações que estamos realizando no bairro”, explica. O oficial ainda informa que é possível que os vídeos tenham sido gravados nos bailes ilegais que ocorrem na região do Chapadão.
A região foi alvo de registros de outras ocorrências e desde então o local vem sendo monitorado pela Polícia Militar. Foto: Rafaela Frutuoso
Após o início da operação ‘Excalibur’, mais uma ocorrência de assalto foi registrada no bairro. Na sábado, 12, um dia após a ação ser desencadeada, uma mulher, 29 anos, foi rendida por uma criminoso que apontava uma arma de fogo para sua barriga exigindo que ela entregasse o celular. A ocorrência foi registrada em um ponto de ônibus da rua Vicente Beghelli, principal via do bairro. Ainda na manhã desta mesma data, jovens que estavam próximos ao local do crime anterior, na entrada do Campus da UFJF, anunciaram um roubo e assustou pessoas que passavam pelo entorno. O fato mobilizou a PM e outros vigilantes próximos ao escadão, na altura do posto do Corpo de Bombeiros, que liga o bairro Dom Bosco a universidade. Tenente Vargas ressalta que o ocorrido se trata de um “problema social”. “Infelizmente não somos onipresentes. O patrulhamento vem sendo realiza e o infrator que tem a intenção de roubar fica aguardando a ausência de vigilância e uma vítima vulnerável”, disse. Ele orienta que quem for vítima ou visualizar um crime deve acionar a PM pelo 190 o mais rápido possível. “Informar a PM para chegarmos o mais rápido possível porque o crime está ocorrendo ou já ocorreu. O mais importante naquele momento é uma repressão qualificada e isso começa com o acionamento rápido da Polícia Militar”, orienta.
Na terceira fase da manobra, os policiais militares atuam na entrada e no interior do bairro, em diferentes pontos. “As ações são um incremento do que já existia, com realização de eventuais abordagens à pessoas ou veículos em atitudes suspeitas, realização de blitz e patrulhamentos noturnos no Chapadão. São ações realizadas para resgatar a tranquilidade do cidadãos de bem do bairro perderam com a divulgação desses vídeos”, explica. Oficial ainda pontua que o maior cliente da Polícia Militar é a população. Ele também reforça que a melhor forma da população ajudar a PM e os demais órgãos é realizando denúncias, mesmo que de forma anônima, através do Disque Denúncia 181. “A PM busca sempre, seja nas suas ações ou nas operações, estreitar os laços comunitários. Nosso maior cliente não é o infrator é o cidadão de bem, que é quem nós servimos. Não estamos ali apenas para abordar infratores, estamos sempre em contato com esses moradores para resgatar a paz na região”, conclui.