Pais e professores de crianças especiais fazem manifesto na Câmara

Durante a realização da décima reunião ordinária deste período legislativo, um manifesto realizado por professoras e pais de alunos especiais marcou a manhã desta sexta-feira, 30, na Câmara Municipal. Este manifesto é relativo a questão da docência compartilhada, conhecida como bidocência, que se tornou tema de discussão após a realização de uma reunião entre a Secretaria de Educação e diretores das escolas municipais.

Após esta reunião, o entendimento foi o de que se extinguiria a docência compartilhada, sendo assim,  o profissional que auxilia o professor regente, em turmas que têm alunos com deficiência, não existiria mais, sendo substituído por um cuidador, fato este que gerou preocupação para as escolas e para os pais de alunos especiais.

Uma outra reunião marcada através de requerimento realizado pelo vereador Antônio Aguiar (MDB), solicitava que a secretária de Educação do município, Denise Vieira Franco, explicasse a situação e desse detalhes da proposta para algumas entidades e para os pais de alunos com deficiência, mas a mesma não ocorreu. O fato do cancelamento desta reunião se deve a alegação dos pais de que a Prefeitura iria expor a mesma proposta já apresentada para diretores das escolas na última semana.

Outro fator que contribuiu para a não realização desta reunião foi o fato de que apenas dez pessoas poderiam participar da reunião com os responsáveis pela pasta, o que não foi aceito pelo grupo que protestava em frente ao local. Com este impasse, os manifestantes partiram em direção à Câmara, buscando o apoio dos vereadores para que uma nova reunião fosse marcada para segunda-feira, 03,  na sede da Secretaria Municipal de Educação.

A presidente do Grupo de Apoio a Pais e Profissionais de Pessoas com Autismo de Juiz de Fora e Região (Gappa), Ariane Menezes, deu detalhes dos acontecimentos desta manhã. “Viemos direto até a Câmara para que pudéssemos  participar da plenária e pedir auxílio aos vereadores. Nos foi comunicado que a partir do ano que vem não haverá mais os professores de apoio e somente cuidadores, que não teriam responsabilidades com a parte pedagógica das crianças. Mediante isso, ao vir aqui na Câmara, conseguimos o apoio dos vereadores para nos auxiliar nesta luta, como a sugestão da realização de uma audiência pública  para que possamos buscar a revogação desta lei.”

Após a manifestação das mães de crianças especiais, os vereadores tiveram a oportunidade de também se manifestar sobre o tema. Fizeram o uso da palavra os vereadores, Sgto Mello (PTB), Betão (PT), Antônio Aguiar MDB), Cido Reis (PSB), Marlon Siqueira (MDB), Ana Rossignoli (MDB), Sheila Oliveira (PSL), Castelar (PT), Charlles Evangelista (PSL), João Coteca (PR), André Mariano (PSC), Adriano Miranda (PHS), Pardal (PTC) e Júlio Obama Jr. (PHS).

Em suas falas, todos os vereadores apoiaram os questionamentos das mães em relação a instauração desta lei, salientando que este tema já é tratado desde o fim do ano passado e precisa ser discutido seriamente agora, contando com o apoio total da casa legislativa. Um requerimento, assinado por todos os vereadores, será enviado aos responsáveis pelas secretarias de Educação, Administração e Fazenda. A Câmara vai convocá-los para que possam detalhar e explicar o projeto com o objetivo de buscar uma solução para o problema.

Fonte: Assessoria




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