Caracteriza pelo ritmo de batimentos rápidos e irregulares dos átrios do coração, a fibrilação atrial é uma doença perigosa que atinge cerca de 175 milhões de pessoas no mundo. Uma de suas principais consequência é o aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame,podendo deixar sequelas, como paralisia e perda de consciência, ou ser fatal. Segundo estudos, pacientes com fibrilação têm cinco vezes mais chances de sofrer um derrame do que aqueles que não possuem a doença.

“O que acontece é a perda da contração do átrio. Assim, o sangue fica parado no seu interior e formam-se coágulos que podem ser liberados para todo o organismo, e sua principal consequência dramática é o acidente vascular cerebral”, pontuou o cardiologista Dr. José Doncide Filho.

Estima-se que de 1,5 milhão a 2 milhões de pessoas que tenham fibrilação atrial no país, mas poucos sabem. Só apenas na região sudeste, durante o primeiro semestre deste ano, foi registrado mais de 32 mil internações por AVC, dessas, cerca de 10 mil pertencem ao estado de Minas Gerais.

Ainda de acordo com o cardiologista, essa arritmia cardíaca está cada vez mais associada com o avanço da idade, intensificando os riscos na população na faixa etária dos 80 anos. Além dos idosos, pessoas hipertensas, diabéticas, obesas e com doenças cardiovasculares pré-existentes também estão propensas ao problema.

Os jovens atletas e esportistas amadores também podem desenvolver a fibrilação atrial, apesar de raro, devido aos intensos exercícios físicos, que aceleram os batimentos cardíacos e exigem mais do coração.

Principais sintomas e tratamento

A doença pode ser totalmente assintomática ou apresentar sintomas como palpitações, falta de ar, tontura, dor torácica ou desmaio.

De acordo com o Dr. José Doncide Filho,  a maioria dos casos pode ser tratado com medicamentos, variando de acordo com o quadro do paciente. “Existem diversos procedimentos de tratamento: medicação para controle da frequência ou ritmo cardíaco; outros que funcionarão como diluentes, para evitar a formação de coágulos; cardioversão, que são choques elétricos no coração; ablação por cateter, marca-passo e desfibriladores”, enfatizou Doncide.

Nesta semana, médicos da cidade se reuniram no restaurante Assunta  ( Rua Ladeira Alexandre Leonel, 201 – 301, no bairro São Mateus, região central), em um evento fechado, para debaterem a importância do controle e do tratamento adequado da doença. No evento, os especialistas acompanharam o lançado de um medicamento oral anticoagulante para uso de redução de risco de AVC em pacientes com fibrilação atrial não valvar. Segundo o Dr. Doncide, a medicação já é usada nos Estados Unidos e agora chega ao Brasil.

Apesar de não saber exatamente suas causas, uma das principais formas de evitar a doença é manter uma vida saudável, reduzindo riscos de ter uma doença cardíaca. Este estilo de vida inclui manter uma dieta saudável, não fumar, evitar o álcool e reduzir o estresse.  

 




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