“Oss!”. A expressão japonesa, comum entre os praticantes de Jiu-Jitsu, agora também é ouvida no ginásio poliesportivo da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Na tarde da quarta-feira, 10, aconteceu mais um treino da modalidade parajiu-jitsu, oferecida pelos mestres Flávio Naval e André Santos. Uma das alunas é Marcelina do Nascimento, 37, que tem sequela de paralisia cerebral. Ela conta como foi curioso seu primeiro contato com o esporte: “Estava em casa cansada da minha rotina de só me movimentar por sessões de fisioterapia. Vi na televisão uma matéria sobre jiu-jitsu e pensei: é isso que quero pra minha vida.” A escolha se mostrou acertada. Hoje, depois de seis meses de dedicação, a atleta já acumula os títulos do “Jacarepaguá Open”, disputado no Rio de Janeiro, e do “Circuito Budô”, conquistado no último mês, aqui em Juiz de Fora. Marcelina ainda se prepara para a disputa do Gran Slam, em novembro, na capital fluminense.
Turmas para pessoa com deficiência e crianças
As aulas de parajiu-jitsu são realizadas às segundas-feiras, das 9 às 11 horas, e às quartas-feiras, das 14 às 16 horas, na quadra da SEL. Além da modalidade para pessoa com deficiência (PCD), a intenção é formar turmas infantis de jiu-jitsu convencional, para crianças a partir de 6 anos de idade. Para o professor Flávio Naval, o esporte é fundamental para quem deseja sair da rotina: “Temos o intuito de oportunizar a prática do jiu-jitsu em todas as classes e derrubar todos os obstáculos. Em relação aos alunos com deficiência, vamos procurar entender as limitações de cada um e adaptá-las da melhor forma no tatame”.
Os interessados devem se dirigir ao ginásio poliesportivo da SEL nos horários das aulas e procurar diretamente os professores responsáveis, munidos de documento de identificação e atestado médico liberando para a prática esportiva.