Futsal como medida de educação: campeonatos juvenis locais transformam o Brasil

Com histórico respeitável de vitórias na Copa Intercontinental de Futsal, torneio reconhecido oficialmente pela FIFA, o Brasil revela inquestionável força e intensidade quando se trata de uma ofensiva em busca do gol na modalidade de campo coberto. Os jogos em quadra fechada que envolvem adultos profissionais que já garantiram diversos títulos para nosso país também são parte do cotidiano dos jovens mineiros, os quais também têm mostrado enorme profissionalismo nos Jogos Intercolegiais promovidos pela Prefeitura de Juiz de Fora. Especialistas mostram que esportes na juventude ajudam a diminuir níveis de criminalidade do país.

 

Habilidade de primeira classe e alta categoria

 

Apesar das inegáveis semelhanças com o futebol, o futsal tem peculiaridades que costumam ser o chamariz para quem não gosta da primeira modalidade, como a diferença no tamanho da quadra e da bola e até mesmo o ritmo das partidas que costumam ter outra dinâmica. Independente disso, o Brasil tem mostrado nas últimas décadas força insuperável nos dois esportes, mantendo favoritos em ambas as classes. Enquanto as torcidas do “Brasileirão” e o site de apostas esportivas Betway apontam para uma possível vitória do São Paulo nas próximas partidas, no Futsal quem se destacou na última temporada foi o Sorocaba, coincidentemente do mesmo estado.

 

Isso não significa, no entanto, que o Brasil possua vitórias sistemáticas na categoria de quadra fechada apenas com o Sorocaba. Na Taça Intercontinental de Futsal, forma como também é conhecida a copa da categoria, quem mais acumula títulos é o Inter Fútbol Sala, time espanhol que totaliza 5 vitórias mundiais, seguido pela Associação Carlos Barbosa de Futsal com 3 títulos por meio de excelentes partidas muito bem orquestradas. E, por mais que a Espanha concentre mais títulos com um único time, o Brasil acumula mais títulos no geral, totalizando 8 vitórias mundiais, possuindo respectivamente 1 título com o Sport Club Internacional de Porto Alegre, 1 com o clube Atlético Mineiro, 1 com o Canoas Sport Club, 1 com o Atlântico e 1 com o Sorocaba na última temporada.

 

Questão de educação e iniciação

 

Os Jogos Intercolegiais de Juiz de Fora contaram com a participação de mais de 1.800 estudantes, número expressivo de adeptos a práticas esportivas. O evento foi organizado com a finalidade de incentivar que as instituições de ensino e, principalmente os jovens, participem de atividades relacionadas ao esporte, gerando uma necessária integração. Com mais de 5 semanas de duração e cerca de 150 partidas no total, o evento trouxe a possibilidade de que os estudantes expressem suas habilidades também no atletismo, judô, futebol, natação, queimada e tênis de mesa.

 

Mas não é de agora que o futsal é levado a sério pelos mineiros. O Campeonato do Interior, por exemplo, realizado pela Federação Mineira de Futsal, garante profissionalismo de elenco em quadra desde 1960 quando foi criado. Na atual temporada, o encabeçamento e liderança de gols fica por conta do Tupi Football Club e também Praia Clube, time de Uberlândia. No geral, os times desempenham profissionalismo de categoria nacional, trazendo possibilidades de vitória em larga escala.

 

Desfazendo os playoffs da profissão

 

No resto do Brasil o futsal é forte como um todo. No mesmo momento em que o nordeste contou com o início do Campeonato Pernambucano de Futsal profissional, também mostrou força no esporte juvenil com a vitória dos colégios BJ e 2001 nos jogos escolares de Pernambuco. “Vimos no futsal a integração de todo o estado”, afirmou o secretário de esportes do estado Diego Pérez. “Equipes da Zona da Mata, Sertão e Região metropolitana jogando de igual para igual”, complementou.

 

Para a FGV (Fundação Getúlio Vargas), o esporte pode ser capaz de transformar a sociedade, por isso os eventos locais como Jogos Intercolegiais de Juiz de Fora e do resto do Brasil têm potencial que devem ser levados a sério. Em termos práticos, aponta como exemplo a Islândia que em apenas 20 anos reduziu os índices de violência e criminalidade através do incentivo ao esporte. “A islândia tinha os maiores índices de criminalidade da Europa e hoje tem os menores”, declarou Pedro Tengrouse, coordenador do curso de Gestão de Esportes da FGV.

 

 




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