Acusado de matar policial civil é condenado

Crisjhonny Ferreira da Silva, 28 anos, acusado de matar o policial civil Roberto Carlos Maciel, na época com 49 anos, com 20 facadas foi julgado pelo Tribunal do Júri nesta segunda-feira, 10, no Fórum Benjamin Colucci, em Juiz de Fora. O réu foi condenado a 13 anos em regime fechado, não podendo recorrer em liberdade. Ele respondia por homicídio qualificado por meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A sessão foi adiada uma semana por conta da suspensão das atividades da Defensoria Pública.

O crime aconteceu no dia 29 de junho de 2016, no apartamento do policial. Crisjhonny, na época com 26 anos, estava na casa da vítima no bairro Centenário, que fica ao lado da Delegacia Regional de Juiz de Fora. Ele foi à cozinha, pegou uma faca e foi até o quarto de Maciel, que estava deitado, e desferiu vários golpes nas regiões cervical, escapular e do pescoço. Após o crime ele utilizou o sangue do policial para escrever “Lúcifer sete fadas” na parede. O autor ainda roubou vários objetos pessoais da vítima incluindo a arma, que durante a investigação foi constatado que o réu havia a vendido e também o carro, que foi identificado pela Polícia Civil após passar pelo pedágio da BR-040. Crisjhonny foi preso em Barbacena, próximo a um supermercado. Ele tentou fugir da abordagem, mas foi detido e confessou o crime.

Alguns objetos da vítima foram recuperados, como a carteira de investigador e a arma. O caso foi descoberto por vizinhos que sentiram um cheiro muito forte no local e chamaram a polícia. O corpo do policial civil Roberto Carlos Maciel foi encontrado no apartamento enrolado em um cobertor no dia 2 de julho 2016.

Na época, Crisjhonny alegou que não se lembrava do que tinha acontecido no apartamento e quando recobrou a consciência viu que a vítima já estava morta e se deparou com os dizeres satânicos escritos na parede.

 

A VÍTIMA

Roberto Carlos Maciel estava há cerca de 30 anos trabalhando na Polícia Civil. Na época, ele trabalhava na 3ª Delegacia Distrital. O policial estava de licença médica quando ocorreu o crime e iria se aposentar no final daquele ano.

Familiares de Roberto desconheciam a amizade com o réu. “A gente conhecia outros amigos dele, mas esse era o único que a gente nunca teve contato”, conta Jéssica Maciel sobrinha do policial. Ela ainda conta que o tio era uma pessoa muito amável e querida por muita gente e que a condenação tira um peso do coração. “Isso não vai trazer meu tio de volta. A forma que foi tirada a vida dele foi muito covarde, muito cruel e não pode ficar impune”, conclui.




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