Visita do candidato Jair Bolsonaro é marcada por tumulto

O candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, está em Juiz de Fora, nesta quinta-feira, 6. Nesta manhã, por volta das 10h30, foi recebido por seus eleitores na entrada da cidade, Bairro Salvaterra, região Sul. Em seguida, o ex-deputado foi para o hospital Ascomcer, onde fez uma visita. Recepcionado por seus eleitores novamente, com gritos de ordem, sua entrada foi marcada por muita confusão na portaria, envolvendo pessoas que aguardavam atendimento, jornalistas e seus apoiadores.

Os pacientes tiveram que entrar por outra porta para serem atendidos. A imprensa não pôde acompanhar a visita do Bolsonaro dentro das dependências da  instituição.

No anfiteatro do hospital, a diretora do Ascomcer, Alessandra Sampaio, juntamente com o candidato, disse que o hospital atende 150 cidades da região, sendo 5 mil atendimentos por mês, faltando, muitas vezes, exames e procedimentos, e por isso,  as questões que envolvem o sistema Único de Saúde (SUS) devem ser priorizadas. “Pedimos que ele nos apoie e nos ajude nessa luta, que todos nós estamos enfrentando”, ressaltou.

Jair Bolsonaro no hospital Ascomcer. Foto: Vívian Armond

Jair Bolsonaro aproveitou a fala e declarou que está rodando todo o Brasil na busca de entender a situação do país, principalmente, sobre este assunto. Ele ainda destacou que para esta situação mudar, as pessoas corruptas não devem ser colocadas nas gestões, fazendo um discurso, no final de sua fala, contra os partidos PT e PSDB.  

Almoço com os empresários

No almoço marcado com mais de 600 empresários, seus eleitores e lideranças da região, no Trade Hotel,  teve mais confusão. O próprio presidente nacional do PSL, partido do Bolsonaro, Gustavo Bebiano, chegou a ser barrado pela segurança. Questionado por um dos repórteres, na coletiva, sobre quem fazia a sua proteção, Bolsonaro respondeu dizendo que é a Polícia Federal.

Durante a entrevista, o candidato apresentou seus  planos de governo para a educação e as universidades, afirmando que o ensino deve ser priorizado na infância e escolas militares devem ser instaladas em todo o Brasil. Já no ensino superior, os alunos devem ser motivados à construírem seus próprios negócios. Jair ainda completou dizendo que a disciplina do colégio militar é que garante a ordem. “Hoje, nas escolas temos ideologia de gênero, a partidarização. É comum ver garoto andar de saia, ver alusões positivas ao socialismo e negativo ao capitalismo. Criticam os Estados Unidos. Louvam o regime cubano”, disse.

Sobre a questão de segurança pública, ele se expressou contrário às punições para os policiais que sofrem processos por por matar outro cidadão. “O que a gente pretende é dar uma retaguarda jurídica e paz para os militares poderem exercer seus serviços. Vai perguntar sobre o presídio? É só não fazer besteira que você não vai para lá”.

Em seu discurso, diante de todos presentes no almoço, afirmou que seu governo vai exercer autoridade e que o principal é tirar o povo da esquerda do poder. “Perderam em 1964, em 2016 e, agora, vão perder em 2018”, ressaltou Jair Bolsonaro.  

Compromissos à tarde

No final do dia, participará de um comício na Praça da Estação, que está previsto para às 18h.

 




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