Número de assaltos no comércio de JF cai, mas ainda preocupa donos de estabelecimentos comerciais

Comparado ao ano anterior, Juiz de Fora apresentou uma queda aos assaltos dos estabelecimentos comerciais. De acordo com os registros apresentados pela Polícia Militar (PM), de janeiro até julho, foram registrados no total 111 casos (roubos de bens valores em estabelecimentos de pessoas jurídicas, proprietários e funcionários), representando quase 25,5% a menos comparado ao mesmo período do ano de 2017.

Referente ao ano de 2016, os casos diminuíram mais da metade do mesmo período daquele ano, quando foi registrado um total de 293 assaltos no comércio. Entre janeiro a julho deste ano, apenas seis casos envolveram os clientes, que também tiveram seus bens roubados, caindo metade dos números comparados ao ano anterior.

Ações dos policiais

Segundo o major Jovanio Miranda, a Polícia Militar vem trabalhando de uma maneira diferenciada e tendo um resultado satisfatório com a diminuição dos crimes. Uma das medidas tomadas foi o aumento de viaturas nos locais mais “visados”, de acordo com o levantamento de dados.

Outro fator importante são as reuniões feitas com as comunidades, tendo a participação do cidadão, no monitoramento dos locais. Segundo Jovanio, esses encontros são abertos ao público e tem o objetivo discutir questões de segurança e manter um diálogo com a sociedade, podendo surgir novas informações que possam ajudar no combate ao assalto. “Não é que a gente vai transferir a responsabilidade para o cidadão. Nós queremos mais participação, quando vamos discutir sobre este assunto e também mantê-los informados sobre novos procedimentos”, explicou o major.

Por último, ele ressalta que os bairros que apresentam um determinado índice de criminalidade são direcionados operações para a localidade, podendo ser preventivo ou de repressão. Este último é quando algum reincidente, que já foi preso mais de duas vezes sobre o mesmo crime [roubo] e está solto, os militares fazem uma busca e tentam prendê-lo novamente, através do mandato de prisão, “Seja acionando a justiça, mostrando que ele já teve envolvimento em diversos crimes, através de imagens de câmeras e boletins de ocorrência. A gente busca o apoio da justiça para que nós possamos prender este autor novamente”, disse Jovanio.

Formas de prevenção

Apesar de o número de casos terem diminuído ao longo desses anos, muitos comerciantes ainda sentem-se inseguros. Por isso, o major orienta a todos os comerciantes do que devem fazer para tentar diminuir os riscos. Primeiramente, ele indica que os proprietários adquiram câmeras de seguranças e coloquem em determinados pontos onde seja visível toda a movimentação do público. “Outra coisa importante é que as pessoas confiram se estes aparelhos estão funcionando bem e se está em um local adequado. No final, ele vai está ajudando o trabalho da polícia”, destacou.

Outra dica é nunca deixar o caixa do estabelecimento perto da porta, o que facilita e chama a atenção dos assaltantes.

“Não reaja”

Caso infelizmente o fato venha acontecer, os policiais sempre recomendam que os comerciantes ou os funcionários nunca reajam ao assalto. “Os objetos são recuperáveis, a vida não”, ressaltou o major. Outro fator importante é as pessoas tentarem memorizar as vestimentas e características dos criminosos para facilitar na hora da busca.

Por último, e mais importante, ligar imediatamente, após o assalto, para a polícia (190). “Muitas pessoas ligam para parentes e a amigos primeiro, para depois ligar para nós. Isso acaba dificultando o nosso serviço, e a pessoa pode não recuperar mais o material devido a isso”.




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