O Ministério da Educação (MEC) divulgou os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das escolas do Brasil, referente ao ano de 2017. O Ideb, criado em 2007, é o principal indicador da qualidade da educação brasileira. O Ideb é calculado com base nos dados sobre aprovação nas escolas, obtido a partir do Censo Escolar, e no desempenho dos estudantes nos exames aplicados pelo Inep, O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. As médias de desempenho utilizadas para obter esses dados são as da Prova Brasil, para as escolas e municípios, e do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para os estados e o país.
A nível nacional, a meta total do Ideb, que avalia o resultado de todas as escolas municipais, estaduais, federais e privadas do país, foi estipulada em 5,5 e foi cumprida apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, que vai do 1° ao 5° ano, alcançando 5,8 (em escala de 0 a 10), sendo 0,3 ponto a mais que a meta prevista. As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, e até 2022 tem como objetivo alcançar 6 pontos, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos.
Atualmente, apenas oito estados alcançaram Ideb maior ou igual a 6 (previsto para 2022) em anos iniciais, sendo eles: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal. Apenas São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais tiveram os maiores resultados do país nos anos iniciais, o Ceará se destaca por ter superado a meta proposta para 2017 em 1,4 ponto.
Nos anos finais do ensino fundamental, o país vem melhorando seu resultado, mas ainda não foi o suficiente para atingir a meta proposta no Ideb 2017, atingindo um índice igual a 4,7, abaixo do previsto. De 27 unidades da Federação, 23 aumentaram o Ideb, mas apenas sete alcançaram a meta, sendo: Rondônia, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e Goiás. O destaque negativo foi a queda do Ideb nos anos finais do ensino fundamental no estado de Minas Gerais, ficando com 4,7.
Em coletiva de imprensa, o MEC informou que nenhum estado atingiu a meta do Ideb no ensino médio. Além disso, cinco estados brasileiros tiveram redução no valor apresentado. O Ideb do ensino médio avançou apenas 0,1 ponto em 2017 após três edições consecutivas sem alteração. No ensino médio, Minas Gerais fechou com 3,9, a meta prevista era de 5,1. Esse valor é 0,2 ponto a mais que o índice final do estado em 2015.
JUIZ DE FORA
A rede pública não conseguiu atingir a meta prevista no Ideb 2017. Em análise geral, nos anos iniciais do ensino fundamental o resultado obtido foi de 5,6 pontos, em meta prevista para 6,0. Nós anos finais do ensino fundamental, o resultado foi de 4,1 pontos, em 4,9 na meta estipulada. Juiz de Fora fica abaixo da meta atingida pela rede pública estadual, que nos anos iniciais do ensino fundamental atingiu 6,3 pontos (a meta era de 6,1) e, mesmo a rede pública do estado tendo ficado abaixo da meta estipulada nos anos finais do ensino fundamental, 4,5 pontos (a meta era de 5,0), Juiz de Fora não conseguiu alcançar esse resultado.
A rede municipal também não cumpriu as metas estabelecidas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no ensino fundamental de 2017. Nos anos iniciais o índice foi de 5,2 pontos. A meta estabelecida era de 5,6. O índice estabelecido é o pior no resultado geral para a rede em todo Brasil, que atingiu 5,6.
Nos anos finais, o município atingiu o resultado de 4,1 pontos, dentro da meta de 4,9. Esse resultado é inferior a média nacional de 4,3.
NOTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE JUIZ DE FORA
“A Secretaria de Educação informa que como a divulgação do IDEB foi feita na manhã desta segunda-feira, o corpo técnico da pasta não obteve tempo hábil para analisar os dados relacionados ao resultado, processo este que já foi iniciado e poderá ser finalizado nos próximos dias. Essa análise é fundamental para avaliar o atual momento e possibilitar o planejamento de ações adequadas a serem desenvolvidas na rede municipal de ensino.”