De 8h às 17 horas deste sábado, 1°, o Setor de Zoonoses do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (DVEA) da Secretaria de Saúde (SS) disponibilizará 106 pontos para vacinação antirrábica em cães e gatos. De acordo com o Médico Veterinário responsável pelo setor de Zoonoses, José Geraldo de Castro, a vacinação é importante, pois é a principal maneira de prevenir a aparição da raiva em cães e gatos, que são as principais espécies de transmissão da raiva. “Os animais estando bem imunizados, não correm o risco de passar essa doença para o ser humano”. As unidades vão funcionar de oito da manhã às cinco da tarde.
O Ministério da Saúde recomenda que uma dose da vacina antirrábica seja aplicada anualmente. É indicado que cães e gatos a partir de três meses de idade sejam vacinados. Para os animais que estão recebendo a primeira dose da vacina é recomendada uma dose de reforço, que poderá ser dada no dia 20 de outubro, quando será realizada a segunda etapa da campanha.
A Secretaria de Saúde realiza a vacinação das principais espécies envolvidas na transmissão da raiva, cães e gatos, e recomenda aos proprietários de bovinos, equídeos, caprinos, ovinos e suínos que vacinem seus animais de forma particular.
De acordo com Jose Geraldo, para a campanha deste ano a expectativa é de vacinar mais de 40 mil animais. “Nós vacinamos na Zona Rural em torno de 7 mil e 500 animais entre cães e gatos. Na Zona Urbana a expectativa é vacinar entre 42 e 45 mil animais”, aponta
A DOENÇA
A ‘raiva’ é considerada uma zoonose, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. É transmitida por um vírus mortal tanto para o homem quando para o animal. Envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito. “O animal começa a ter dificuldades de ingerir água, de ingerir alimentos porque o sistema nervoso central começa a atrapalhar as contrações musculares e esse animal começa a ter perda de deglutição”, explica o veterinário Rodrigo Guerra de Melo.
A doença é transmitida quando os vírus da raiva existentes na saliva do animal infectado penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura.
O CUIDADO COM OS BICHINHOS
Fernanda Dupont é Arquiteta e Urbanista e desde criança tem cachorro em casa. Atualmente, ela cuida de dois cachorros e está sempre atenta ao tempo de vacina dos bichinhos. “Eu vacino eles todos os anos desde que foram autorizados a receber a primeira dose. Eu aconselho que todos sigam o calendário de vacinação dos cães, gatos e outros animais de estimação porque a raiva é uma doença muito séria e que leva a morte”. Para a Arquiteta, ter um animal de estimação faz diferença na vida. “Acho muito importante o convívio, a gente cria laços. É uma família que a gente cria paralela a nossa família humana”.
CASOS
De acordo com informações da Prefeitura de Juiz de Fora, não há ocorrência de casos de raiva em cães e gatos desde 1998. Porém, têm sido confirmados casos de raiva em bovinos e equídeos nos últimos anos na cidade.