O homem de 31 anos acusado de decepar as mãos de um adolescente de 13 anos foi julgado pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira, 23. O juiz Paulo Tristão presidiu a sessão que condenou o réu a 16 anos e 8 meses em regime fechado.
O crime aconteceu no dia 27 de março, na Rua Hortogamini dos Reis, no bairro Vila Olavo Costa, zona Sudeste da cidade. A vítima contou à polícia que fingiu estar morto para sobreviver. Ele teve machucados espalhadas pelo corpo, como face, braço, costas e pescoço. Uma perfuração profunda na nuca levou a polícia a crer que o réu pretendia decapitar a vítima. Ainda durante as investigações do crime, um irmão do réu, de 23 anos, foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público por supostamente ter levado a arma do crime para o outro desferir os golpes. O magistrado considerou que não havia provas suficientes de que este jovem tivesse entregado a arma ao executor, já que nem mesmo a vítima foi capaz de confirmar isso. No entanto, o Tribunal do Júri esclareceu que não há impedimentos para que o irmão seja julgado, caso surjam novas provas com indícios suficientes de comprovar sua participação no delito.
Conforme o Ministério Público, o crime foi praticado por motivo torpe, já que o homem agiu por vingança, acreditando que o garoto estava envolvido na morte do primo do réu, 26 anos, que foi executado na mesma rua onde a vítima teve as mãos decepadas.
O réu permanecia preso no Ceresp desde o dia 3 de abril, quando foi capturado pela Polícia Civil diante de mandado de prisão decretado pela Justiça. Pelo fato do juiz não ter autorizado o réu recorrer em liberdade, ele retornará para o presídio.