Medina é bicampeão em Teahupoo e sobe para 2º do ranking

O domingo, 19, foi glorioso para o surfe brasileiro. Isso porque Gabriel Medina venceu a etapa de Teahupoo, no Taiti – a sétima parada do mundial de 2018 – e aumentou sua hegemonia no local. De quebra, o Brasil chega à sexta vitória em sete etapas na temporada e, agora, tem os dois primeiros do ranking mundial. Medina é o segundo, já Filipe Toledo, que parou na semifinal, segue disparado na liderança.

As ondas não foram aquilo que se espera do pico taitiano para um ‘Finals Day’, mas os favoritos ao evento chegaram longe. O maior de todos era Gabriel Medina, que nos últimos cinco anos fez quatro finais no local e venceu duas. E a experiência do paulista prevaleceu. Novamente, ele venceu todas as suas baterias com extrema facilidade, exceto na final, quando precisou pegar uma onda a um minuto do fim para virar sobre o australiano Owen Wright.

Medina dominante!

Se os números de Gabriel Medina já não te convenciam que ele era o melhor do mundo em Teahupoo, o local de Maresias fez questão de, mais uma vez, dar show. Nos outros rounds, ele venceu com tanta facilidade que até a repórter oficial da WSL, Rosy Hodge, perguntou-lhe: “Como você consegue vencer com tanta tranquilidade aqui?”. No Finals Day, não foi tão diferente.

Nas quartas de final, Medina encarou seu amigo e compatriota Ítalo Ferreira, que já fazia o seu melhor resultado da carreira em Teahupoo. Além da vaga na semi, o duelo também valia a 3ª colocação do ranking mundial. Mas, Gabriel fez valer o ditado “amigos, amigos, negócios à parte” e não deu nenhuma chance para Ítalo, que até tentou nas manobras, mas não superou a combinação de manobras e tubos de Medina.

Nas semifinal, Medina derrotou seu algoz de 2015, o francês Jeremy Flores. Como o vento já prejudicava o mar, Medina desistiu dos tubos e partiu para as manobras aéreas. A estratégia deu certo, pois enquanto Jeremy fez apenas um tubo, que valeu 5.67, Medina pegou um aéreo na casa dos 7 e um na casa dos 8 pontos para avançar. Confira os melhores momentos abaixo:

Na grande final, o australiano Owen Wright foi o grande desafiador de Medina no evento. Ele, que já havia eliminado Filipe Toledo na semi, é especialista em tubos e mostrou isso logo no início, com um que valeu 6.50. Medina respondeu na sequência com um aéreo 6.17. E a partir daí a bateria ficou por mais de 20 minutos sem onda. No finalzinho, a um minuto do sino final, Owen entrou na primeira da série, manobrou, mas sem muita expressão. Medina veio atrás e pegou um tubo espetacular para fechar o caixão, com um 7.33 contra 5.57 do oponente.

Com a vitória, Medina ultrapassa o australiano Julian Wilson e fica atrás somente de Filipe Toledo na disputa pelo título de 2018.

Filipe faz seu melhor resultado em Teahupoo

Para Filipe Toledo, chegar à semifinal em Teahupoo foi quase um título. O número 1 do mundo se superou, chegou antes no local para treinar e mostrou que evoluiu muito nesse tipo de onda tubular. Prova disso é que ele nunca havia passado do round 4 no Taiti. Ótimo para ele, que agora está a mais de 6.000 pontos de Medina no ranking.

QUARTAS DE FINAL – ETAPA DE TEAHUPOO 2018

1) Michael February (AFS) 8.60 x 11.43 Filipe Toledo (BRA)
2) Owen Wright (AUS) 16.00 x 9.57 Wade Carmichael (AUS)
3) Gabriel Medina (BRA) 13.10 x 7.57 Ítalo Ferreira (BRA)
4) Jeremy Flores (FRA) 13.34 x 5.73 Kolohe Andino (EUA)

SEMIFINAIS – ETAPA DE TEAHUPOO 2018

1) Filipe Toledo (BRA) 10.03 x 12.60 Owen Wright (AUS)
2) Gabriel Medina (BRA) 15.17 x 6.10 Jeremy Flores (FRA)

FINAL – ETAPA DE TEAHUPOO 2018

Owen Wright (AUS) 12.07 x 13.50 Gabriel Medina (BRA)

 

Fonte: Olimpíadas todo dia




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.