“Territórios de Invenção” chega a Juiz de Fora com residência musical de Marina Cyrino e Matthias Koole

O município de Juiz de Fora, na Zona da Mata, será a sede da residência musical de Marina Cyrino e Matthias Koole. A ação, que ocorre de 20 a  31 de agosto, no Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora (IAD/UFJF), faz parte da 2ª edição do projeto “Territórios de Invenção: Residências Musicais”, realizado pela Fundação de Educação Artística (FEA).

Até outubro o projeto vai proporcionar o convívio e a troca de processos de criação musical entre artistas e músicos estudantes em seis municípios do estado, contando também com concertos abertos à comunidade. Os interessados em participar desta etapa podem se inscrever gratuitamente até o dia 6 de agosto por meio do preenchimento da ficha de inscrição online, disponível nas mídias sociais do projeto (facebook: /residenciasmusicais e instagram: @residenciasmusicais).

Artistas com viés experimental, performativo e de liberdade artística com trabalhos colaborativos no Brasil e exterior, Marina Cyrino e Matthias Koole buscam na Residência Musical “Improviso e Linguagens Musicais Contemporâneas” explorar aspectos técnicos da música de concerto que fogem às noções de certo e errado, desde a interpretação de partituras à forma de se tocar um instrumento. A atividade focará obras de notações musicais alternativas (partituras gráficas, texto-partitura e partituras de forma musical aberta) e a escrita desses trabalhos a partir da improvisação livre. O público-alvo é de compositores, instrumentistas, cantores, estudantes e professores de música interessados em música experimental/contemporânea e em improviso livre. A residência disponibiliza 25 vagas aos interessados. Ao final da temporada, um concerto com uma seleção das peças trabalhadas e com improvisos livres será realizado pelos participantes da iniciativa.

 

SOBRE O “TERRITÓRIOS DE INVENÇÃO” 2018

A 2ª edição do projeto “Territórios de Invenção: Residências Musicais” vai promover, de julho a outubro, residenciais artísticas em seis cidades do estado para compartilhar práticas e processos de criação em música e performance com artistas e estudantes mineiros. Além da região metropolitana e o município de Varginha (30 de julho a 10 de agosto, com as residências de Joana Queiroz e Rafael Martini), o projeto acontece em Juiz de Fora (20 a 31 de agosto, com Marina Cyrino e Matthias Koole), São João Del Rei (3 a 14 de setembro, com Elise Pittenger e Fernando Rocha (Duo Qattus) | Felipe José), Araçuaí (17 a 28 de setembro, com Titane e Makely Ka) e encerra em Araguari (15 a 26 de outubro, com Edson Fernando e Ricardo Passos).

De acordo com Patrícia Bizzotto, uma das coordenadoras artísticas do “Territórios de Invenção”, a iniciativa promove a interação entre diversos agentes da música mineira, permitindo uma ampla troca de experiências entre os participantes. “A continuidade deste projeto, que teve sua primeira edição em 2016, fortalece a aproximação entre estudantes e artistas de várias partes do estado, construindo assim uma ampla rede criativa de experimentação e saberes musicais em Minas”, explica.

Patrícia, que também é musicista e pesquisadora, ressalta que o objetivo é menos o resultado e mais o processo criativo desenvolvido ao longo das residências. “Além de difundir a criação musical contemporânea mineira, o projeto vai provocar encontros, afetos e estímulos para a percepção e a invenção de linguagens e de espaços sonoro-musicais”, acrescenta.

Discussões sobre a construção e destruição de paisagens sonoras, como também sobre o reflexo do caos ambiental nas formas urbanas de escuta permeiam a edição 2018 do projeto. Segundo Lúcia Campos, também coordenadora artística do “Territórios de Invenção”, “as residências têm um espaço-tempo intensivo e urgente de experimentação, de criação, através da prática musical e da escuta aberta e ativa sobre cada local, cada cidade, bem como seus espaços, suas paisagens, seus habitantes, suas tensões e fricções”.

Com 55 anos completados em maio de 2018, a FEA é reconhecida nacionalmente por promover, estimular e difundir a música contemporânea em nível de prática, pesquisa e investigações de linguagens. Nesse sentido, a diretora da Fundação de Educação Artística, Berenice Menegale, considera que “‘Territórios de Invenção’ é um momento de estímulo para os músicos das ‘cidades-residências’, um sopro de renovação, oportunidade de contatos enriquecedores, ocasião para descobertas e um salto para o futuro da arte”, diz.

 

 FUNDAÇÃO DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

A Fundação de Educação Artística (FEA) é uma entidade sem fins lucrativos, de forte cunho social, com penetração em todas as classes sociais, que tem como objetivo contribuir para a democratização, o aprimoramento e a atualização do ensino das artes e, em particular, da música. Criada em maio de 1963 por um grupo de artistas e intelectuais mineiros, apresentou-se, desde sempre, como um centro de experimentação, renovação e difusão artística de base cultural ampla.

No âmbito educacional, merece destaque o papel desempenhado pela FEA no processo de atualização do ensino musical, não só em Belo Horizonte, como também em diversos centros de formação do País. Por valorizar o intercâmbio entre as artes, a Fundação de Educação Artística mantém-se sempre aberta a novas ideias, experimentações, pesquisas e é, essencialmente, uma defensora contumaz da música de nosso tempo.

 

Fonte: Assessoria




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