E de repente, uma faísca, que logo evolui para fogo e chamas incontroláveis. Este tipo de situação ainda é perigo nos lares brasileiros, em razão de uma série de falta de cuidados com a instalação elétrica em edifícios, casas e apartamentos. Estima-se que, em todo o país, mais de 90% dos incêndios em áreas construídas tenham como causa a negligência. A preocupação estética com pinturas e reformas de estruturas aparentes é grande, mas a instalação elétrica não é acompanhada com a mesma atenção. No entanto, avaliação da parte elétrica do imóvel deve ser feita de forma constante por especialistas, como é o caso dos perito de engenharia.
Em condomínios residenciais, galerias de lojas e centros comerciais, os riscos de incêndio são maiores, com resultados ainda mais catastróficos. Isto acontece porque são muitos os equipamentos elétricos e eletrônicos ligados ao mesmo tempo, em estruturas normalmente não preparadas uma carga tão grande. Além disso, um incêndio pontual, causado por problemas elétricos, pode se alastrar rapidamente, causando danos irreparáveis.
Em edificações antigas, por exemplo, a fiação colocada nem sempre foi planejada para a demanda de energia hoje exigida por equipamentos. Entre eles, ar-condicionado, computadores e outros periféricos.
Atenção com as estruturas antigas
O risco de incêndio causado por curto circuito é maior em estruturas antigas. Mas há ainda a queima causada pelo superaquecimento da rede elétrica, quando vários equipamentos são utilizados em uma mesma tomada.
O perito de engenharia atua neste sentido, tanto na prevenção como na orientação de práticas que devem ser evitadas. Acidentes na instalação elétrica podem parecer invisíveis, mas geralmente são precedidos por alguns sinais.
Entre os indícios que algo está errado, destacam-se:
- Os fios estão excessivamente quentes
- Há cheiro de plástico queimado ao ligar um equipamento
- O disjuntor fica desarmando constantemente
- Há fumaça saindo das tomadas
Perito de engenharia
Mais do que um gasto, contratar um perito de engenharia é uma necessidade. No caso dos condomínios, por exemplo, o síndico pode ser responsabilizado por negligência se o serviço não for realizado periodicamente.
Cabe ao perito de engenharia avaliar as condições elétricas da estrutura, apresentar um laudo com suas observações e, ainda, montar um cronograma de ações. Ou seja, a manutenção da instalação elétrica deve ser feita de forma rotineira, atendendo a uma série de determinações impostas pelo próprio perito de engenharia.
Entre estas determinações, estão a substituição habitual dos extintores de incêndio, a troca de fios antigos e a periódica manutenção em toda a rede elétrica. É preciso, também, ficar atento ao sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) e as condições de aterramento.
Uma das empresas que oferecem este tipo de serviço é a Contratto, referência no setor e atendimento em todo o país. A empresa é responsável por promover inspeções prediais com equipes credenciadas, realizar o trabalho preventivo, emitir laudos e desenvolver projetos.
Infelizmente a legislação federal ainda é parcialmente omissa quanto à necessidade de se fazer manutenção periódica em instalações elétricas. Mas nem por isso ela deve deixar de ser feita.
No Rio de Janeiro, inspeção é lei
No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, já existe uma lei que obriga condomínios a fazerem autovistoria periódica. Pela regra, imóveis com mais de 25 anos deverão passar por inspeções a cada dez anos. O objetivo é justamente reduzir o número de incêndios causados pela negligência. E com um detalhe: o síndico omisso poderá ser responsabilizado civil e criminalmente.
Portanto, a palavra de ordem é prevenção. O custo de contratação de um perito de engenharia é infinitamente menor que os prejuízos causados por um incêndio.
Fonte: Brands & Blogs