Em junho, as pessoas se preparam para as festas juninas, comidas típicas e trajes xadrez. Porém, muitos ainda mantêm a crença no Santo Antônio para conseguir um amor, principalmente porque o dia em celebração do santo casamenteiro é justamente após o Dia dos Namorados e então, as almas solitárias aproveitam para fazer uma simpatia.

Um dos casais agraciados pelo Santo é formado pelo divulgador de livros, Adriano Lopes, e a professora, Aline Zaquine. Ele frequentava a Catedral Metropolitana, quando ela passou a frequentar a igreja. “Certa vez, orei, pedindo que Deus me concedesse uma namorada, e em seguida fui à sacristia e toquei na relíquia de Santo Antônio, que possui um osso do Santo. Pouco tempo depois, começamos [Ele e Aline] a conversar e surgiu o interesse de ambos”, relatou Lopes.

Eles começaram a namorar em janeiro de 2012 e se casaram três anos depois. “Frenquentamos a igreja e acreditamos na intercessão do Santo Antônio, não só pela ‘fama de casamenteiro’, mas também pelo exemplo de vida que ele foi. Ele foi um exemplo de amor e de fraternidade”, finalizou.

Casal agraciado pela fé no santo, hoje comemora pela união de uma linda família. Foto: Arquivo Pessoal

QUEM FOI SANTO ANTÔNIO?

Santo Antônio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de batismo, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195. “Quando a vocação religiosa aflorou, ele entrou para a Ordem dos Cónegos e, depois que soube da vida de São Francisco, entrou para ordem dos franciscanos, ordem dos frades menores. Após o término do sacerdócio, como tinha vontade de ser missionário, viajou para África, mas retornou devido a uma enfermidade que contraiu”, esclareceu o padre Antônio Pereira Gaio, vigário paroquial da Catedral Metropolitana.

Conforme o padre, Santo Antônio teve uma vida curta, faleceu aos 36 anos, porém de muitos trabalhos dedicados à palavra de Deus. “Quando retornou à Europa, passou a estudar mais e resolveu entregar a sua vida a missão de anunciar Jesus. Pregou em diversos lugares da Europa, inclusive, deixou inúmeras obras e sermões escritos. Ele se tornou um grande orador sacro e teólogo. A Igreja lhe deu o título de Doutor da Igreja devido aos seus trabalhos depois de ser canonizado”, ressaltou.

 

SANTO CASAMENTEIRO

O vigário paroquial da Catedral Metropolitana apontou que apesar da figura de Santo Antônio estar ligada a diversas crenças, não há provas que comprovem os fatos. “A figura de Santo Antônio é ligado a muitos aspectos folclóricos. Todas essas coisas que falam dele, santo casamenteiro, tudo é folclorismo e não tem provas concretas sobre isso. Talvez, surgiu após ter ajudado algum casal a se encontrar ou casar”, disse.

Um das lendas que atribui ao Santo Antônio o título de casamenteiro narra que, certa vez, em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar seu dote para se casar. Desesperada, a jovem, ajoelhada aos pés da imagem de Santo Antônio, pediu com fé a ajuda do Santo que, milagrosamente, lhe entregou um bilhete e disse para procurar um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do papel. Obviamente, o homem não se importou, achando que o peso daquele bilhete era insignificante. Mas, para sua surpresa, foram necessários 400 escudos da prata para que a balança atingisse o equilíbrio. Nesse momento, o comerciante se lembrou que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo, e nunca havia cumprido a promessa. Santo Antônio teria feito a cobrança daquele modo. A jovem moça pôde, assim, casar-se de acordo com o costume da época e, a partir daí, Santo Antônio recebeu a atribuição de “O Santo Casamenteiro”.

A partir daí, as moças solteiras que querem casar começaram a fazer orações pedindo ajuda ao santo e cultuando sua imagem. Entre as simpatias mais populares, acredita-se que as jovens devem comprar uma pequena imagem do Santo e tirar o Menino Jesus do colo, dizendo que só o devolverá quando conseguir encontrar o amor, ou ainda, virar o Santo Antônio de cabeça para baixo.

 

CELEBRAÇÕES

“Nesta quarta-feira, teremos missas de 2h em 2h, sendo realizadas na Catedral Metropolitana. A primeira será às 6h e a última às 20h. Além disso, às 9h, haverá uma procissão de Santo Antônio que vai sair da igreja São Sebastião em direção a Catedral. Ao chegar, nosso arcebispo vai celebrar a missa”, relatou o vigário paroquial da Catedral Metropolitana.

 

  • Seminário Arquidiocesano Santo Antônio

15h – Missa Festiva de Santo Antônio com bênção e distribuição de pães

16h – Funcionamento de Barraquinhas

18h – Missa Festiva de Santo Antônio com bênção e distribuição de pães, presidida por Dom Gil Antônio Moreira

 

  • Catedral Metropolitana

6h, 8h, 10h, 12h, 14h, 16h, 18h e 20h – Missas

9h – Procissão em louvor a Santo Antônio saindo da Igreja São Sebastião em direção à Catedral. Na chegada, missa presidida por Dom Gil Antônio Moreira

 

  • Paróquia Santo Antônio do Paraibuna

8h – Procissão saindo da Igreja Divino Espírito Santo em direção à Matriz

9h, 15h e 18h – Missas

*Na celebração das 15h haverá unção dos enfermos.

 

  • Capela Santo Antônio – bairro Cruzeiro de Santo Antônio

15h – Procissão saindo da entrada do Alphaville

14h – Missa

*Após a missa, haverá funcionamento de barraquinhas e show de prêmios.

 

  • Capela Santo Antônio – bairro Nova Era

6h – Alvorada

17h – Procissão saindo da Igreja Matriz (Capela Nossa Senhora Aparecida) em direção à Capela Santo Antônio, onde haverá missa solene e distribuição de pães

 

  • Capela Santo Antônio – bairro Vila Ideal

15h – Missa

*Após a celebração, haverá funcionamento de barraquinhas e show de prêmios.




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