A greve dos caminhoneiros afetou diversos setores e com o comércio não foi diferente. Inclusive, interferiu nas expectativas de venda para as festas juninas, tradição em vários pontos do país. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Juiz de Fora, Marcos Casarin, o movimento, que começou de forma promissora, por conta da alta nas vendas, vem sofrendo com a paralisação.

“O que está acontecendo no país interfere nas previsões. Elas eram as melhores possíveis, pois os vendedores começaram muito bem. Mas, esse cenário traz incertezas sobre o qual vai ser o resultado. A greve acarretou na falta de mercadorias, nos preços e abastecimento das lojas. Mesmo que o impasse seja solucionado, a normalização do comércio não vai ser da noite para o dia”, afirmou.

Essa é a mesma percepção da proprietária da Casa Combate, Cláudia Moysés Franchini. Para 2018, ela reforçou os estoques para que pudesse atender à demanda. Ficamos até surpresos com o início das vendas neste ano. Elas começaram bem antes do esperado, mas se estagnaram com a greve”, destacou.

Em meio ao cenário de incertezas, Cláudia ainda enxerga com otimismo o resultado final. “Esta é uma época em que intensificamos as ações. A gente sempre espera vender mais que os anos anteriores. Sabemos que o país está superando a crise, mas ainda assim o pessoal quer economizar. Então, qualquer aumento que vier vai ser ótimo”, disse.

Apesar da greve, artigos da festa são encontrados nas lojas. FOTO: Rafaela Frutuoso

Camisa xadrez, vestidos, saias e outros artigos de festa junina, voltados para o público infantil e adulto pode ser encontrado. A Copa do Mundo, que costuma atrapalhar as venda, se tornou uma aliada de Cláudia. “Para esse ano criamos modelos especiais para festas de escolas, que terão tema a Copa da Rússia. São opções para entrar no clima”, lembrou.

Já o sócio-proprietário da loja Domith, Luiz Felipe Domith, teme que a proximidade dos dois eventos possa atrapalhar as vendas. “O dinheiro já está curto, e, querendo ou não, entre a festa junina e a Copa, o pessoal vai optar pelo futebol, que é a paixão nacional e não deixa de ser festa. Acredito que essa junção pode atrapalhar”, explicou.

Ao contrário do que informou Marcos Casarin, Domith não registrou aquecimento no mercado quando as vendas se iniciaram. “Tudo esteve como sempre. Não foi muito bom, mas também nada de ruim aconteceu. Estabelecemos como meta alcançar a mesma quantidade do que foi vendido no ano passado. Se chegarmos próximo a esse percentual, já vai ser satisfatório”, concluiu.




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.