Estamos em pleno outono, mas já sentindo o friozinho do inverno que se aproxima. Como vivemos num país continental em algumas cidades já é inverno, com direto a tudo que essa estação traz: geadas, neve, termômetros abaixo de “0”; e todo encanto do frio. Então vamos passear pela Serra Catarinense.
As montanhas da Serra Catarinense, região com altitudes de quase 2000 metros, registram as temperaturas mais baixas do Brasil. Os serranos encantam os visitantes com a hospitalidade calorosa, a comida farta e deliciosa e a oferta de atividades ao ar livre, como as cavalgadas, que rapidamente sintonizam o visitante com a natureza.
Na Serra estão situados os pontos mais altos do Estado. Quase todos os municípios que formam a região – entre eles Lages, Ubirici, São Joaquim, Bom Jardim da Serra e Urupema são municípios cercados por grandes picos e estão localizados a mais de 1000 metros de altitude, a apenas duas horas de carro do litoral. No Parque Nacional de São Joaquim, em Urubici, fica o Morro da Boa Vista (1.827 m) e a famosa Pedra Furada, no topo de uma elevação próxima ao Morro da Igreja (1.822 m), onde ocorrem as mais baixas temperaturas de todo o Brasil.
Os aconchegantes hotéis fazenda são a melhor opção turística da região, todos com atrações – do tradicional passeio a cavalo aos shows de dança e música nativista. Há também pousadas charmosas, a maioria com restaurantes que servem comida campeira e café colonial.
A Serra Catarinense é composta de 17 cidades, algumas delas com vastos territórios – é o caso de Lages, a maior do estado em extensão. Com amplas áreas pouco ocupadas,
A região é a mais fria do Brasil além de ser o único lugar do país onde invariavelmente neva a cada inverno, mesmo que por poucos dias. Nessas ocasiões, a paisagem de araucárias e campo cobre-se inteiramente de branco e até as cachoeiras congelam. O cenário fascina visitantes de todos os cantos do país – “nem parece Brasil”, ouve-se com frequência.
O frio e a paisagem de pinheiros, vastos campos com gado pastando e grandes cânions são um cenário curioso e surpreendente num país tropical como o nosso – mesmo no verão, à apenas 100 km do litoral, respira-se um revigorante ar da montanha. Cavalgar em paisagens deslumbrantes e depois descansar em frente ao fogo de chão, degustando a saborosa comida campeira, são programas típicos da Serra Catarinense.
Visitar a Serra, contudo, não e um programa apenas para o inverno. Viajar para a região com a família em meses mais quentes é também garantia de diversão e lazer, já que a maior parte dos atrativos continua por lá durante as demais estações. Se não há neve, pode-se tomar banho nos rios e nas cachoeiras abundantes na região ou testemunhar a florada de várias espécies de árvores.
Além da exuberância da natureza, a presença humana é o outro ingrediente essencial do encanto da Serra Catarinense. As fazendas centenárias, a cultura campeira com forte influência gaúcha, a culinária, as taipas da Cozilha Rica (muros artesanais de pedras basalto encaixadas para resistir ao tempo) e as visões bucólicas de povoados rurais completam o espetáculo inesquecível.
A Pedra Furada, curiosa formação que se assemelha a uma janela de 30m de diâmetro, parece ter sido cuidadosamente colocada à vista de quem chega ao topo do Morro da Igreja, no município de Urubici como já falamos anteriormente. A Serra do Rio do Rastro, com a célebre estrada que rasga montanhas e cânions, pode ser vislumbrada em toda sua grandeza no mirante à beira do paredão em Bom Jardim da Serra. Mas só mesmo descendo ou subindo pelo caminho tortuoso para sentir as fortes emoções que a estrada proporciona. Sensação semelhante ocorre na lendária Serra do Corvo Branco, ligação pioneira entre a serra e o litoral. Impossível não ser arrebatado pela força da natureza ao iniciar a descida por Urubici, atravessando a garganta cercada por dois paredões de rocha.
A Serra Catarinense também apresenta excelentes condições para a prática do ecoturismo e de esportes radicais. Adeptos de rapel, montanhismo, trekking e voo livre deliciam-se com o relevo acidentado da região, em que cânions, rios, cachoeiras – algumas com mais de 100 m de altura – e picos são encontrados com surpreendente abundância. No Snow Valley, em São Joaquim, pode-se descer em uma tirolesa (travessia por cabo de aço com auxílio de carretilha) de 350 m, estendida sobre a mata nativa, que inclui xaxins centenários – presume-se que alguns tenham 500 anos de idade.
Para quem aprecia uma boa pesca, o Circuito da Truta abrange vários municípios da região. O peixe é encontrado nos rios Pelotas, Canoas, do Bispo, do Tigre e Lava-Tudo. Em Urupema, as trutas podem ser vistas bem no centro da cidade, no Rio Caronas. Outras opções interessantes na região são os pesque-pagues, nos quais o visitante pode levar para casa quantos peixes conseguir capturar nos açudes destinados à atividade.
Os restaurantes da região reúnem três características muito apreciadas – fartura, qualidade e preço justo. Alguns dos melhores estão nos hotéis-fazenda, mas há outras boas alternativas nas regiões centrais das cidades serranas principais. Há ainda os pratos à base de truta – a criação desse peixe ocorre em vários municípios da região.
A Serra Catarinense desenvolveu nos últimos anos uma indústria vinícola de alta qualidade, com produtos elogiados por especialistas brasileiros e estrangeiros.
A Serra é o berço do turismo rural no país. Na região surgiram as primeiras pousadas rurais e hotéis-fazenda, que adicionaram, a estruturas rústicas e centenárias, “luxos”, como salas de ginástica, saunas e antenas parabólicas, tudo para oferecer conforto e lazer aos visitantes – sem esquecer que a natureza, a simplicidade da vida no campo e a herança cultural são os atrativos mais fascinantes.
Mais do que a calorosa acolhida, essas estâncias oferecem ainda a oportunidade de usufruir a vida do campo, vivenciando experiências inéditas para o morador de centros urbanos como a ordenha de vaca ou a pescaria em açudes.
A Serra Catarinense fica entre o Leste e o Oeste catarinenses, com fácil acesso de ambas as direções. Basta um mapa simples para encontrar, sem dificuldade, os caminhos da Serra. Os acessos principais e as ligações entre as cidades são quase sempre pavimentados. Mesmo as estradas de terra são fáceis de trafegar com tempo bom. Na época do frio, deve se ter maior cuidado devido à neblina e à possibilidade de gelo no asfalto, que o torna escorregadio. Inclua na bagagem, protetor solar, repelente de mosquitos, calçados confortáveis e lanterna (essencial para visitar as cavernas da região). E, nunca é demais lembrar, leve muitos agasalhos.
DICAS DE VIAGEM:
– Algumas conexões exigem vistos de trânsito?
Sim, então é importante checar as regras do seu país de conexão antes de embarcar. Nos Estados Unidos e no Canadá, é obrigatório apresentar o visto de trânsito, que dá direto a uma permanência máxima de 48 horas. Um caso específico é o da Etiópia, cuja capital, Adis Adeba, está se tornando um hub com a Europa e a Ásia: não existe visto de trânsito, mas é necessário tirar o visto de turismo que é online, caso você deseje sair do aeroporto, independentemente do tempo de conexão.
A partir do dia 3 de junho, não será mais necessário a obtenção de visto para viagens entre Brasil e os Emirados Árabes Unidos. A medida garante que o viajante visite os países durante 90 dias a cada 12 meses, e são destinados a portadores do passaporte comum.
A partir do dia 3 de junho, não será mais necessária a obtenção de visto para viagens entre Brasil e os Emirados Árabes Unidos. A medida garante que o viajante visite os países durante 90 dias a cada 12 meses e é destinada a portadores do passaporte comum. O tratado foi aprovado pelo Congresso Nacional brasileiro no mês de novembro e acaba de ser ratificado pelos Emirados Árabes.