A menos de um mês para o início da Copa do Mundo na Rússia, ainda é pequeno o movimento do comércio lojista especializado em produtos verde e amarelo. A expectativa dos lojistas é de que as vendas cresçam 1% durante a competição, expectativa que pode aumentar à medida que o Brasil avance.
É o que revela pesquisa do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), que ouviu 500 lojistas do município do Rio de Janeiro, dos ramos de eletroeletrônicos, artigos esportivos, decoração, roupas, calçados, papelaria e brinquedos para conhecer a expectativa dos empresários com a Copa do Mundo.
De acordo com a pesquisa 92% dos empresários ouvidos disseram que televisores, artigos esportivos (camisas da seleção, meias, calções, bermudas, bonés, bolas), calçados (especialmente tênis), brinquedos (bonecos alusivos à Copa e miniaturas dos jogadores da seleção) e artigos de decoração devem ser os produtos mais vendidos. Dos entrevistados 97% acham que o movimento de vendas nos dias de jogos do Brasil será reduzido.
O presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio, Aldo Gonçalves, disse que os lojistas estão preocupados com as vendas, principalmente nos dias de jogos do Brasil. “Na última Copa, em 2014, o fraco desempenho da equipe brasileira refletiu negativamente no comércio de produtos verde-amarelo. Isso resultou em um estoque encalhado da ordem de R$12,8 milhões no estado do Rio e de R$5,7 milhões na cidade, entre camisetas, cornetas, canetas, chinelos, boné, bandeira para carro, bola e outros itens temáticos”.
Gonçalves lembra também que nas Olimpíadas realizadas no Rio, em 2016, o comércio esperava um aumento de 5% e vendeu menos de 2%. “Isso mostra que eventos dessa grandiosidade acabam tirando o foco das pessoas para o consumo. As vendas acabam ficando concentradas nos setores de alimentação e entretenimento. Além disso, o nosso principal adversário no campo das vendas é a informalidade que tomou conta da cidade e que sempre aumenta muito em épocas com essa. É uma concorrência desleal, que prejudica bastante o comércio formal, que emprega, paga aluguel e impostos”, acrescentou.
Fonte: Agência Brasil