A greve dos caminhoneiros que chega a seu quarto dia nesta quinta-feira, 24, também gera reflexos no setor da saúde de Juiz de Fora e região. Algumas unidades de saúde ainda não sofrem falta de materiais nos estoques, entretanto, há preocupação e apreensão pela resolução da situação.
SAMU
Com a possibilidade de continuação da greve o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é um dos que serão comprometidos.
De acordo com nota do Consórcio Intermunicipal de Saúde para Gerenciamento da Rede de Urgência e Emergência da Macro Sudeste (CISDESTE) , “o SAMU poderá ficar substancialmente prejudicado com o prolongamento da paralisação dos caminhoneiros, a partir dessa quinta, situação que poderá comprometer o atendimento ao usuário da saúde pública na macrorregião.” O serviço atende a 94 municípios da região.
O CISDESTE reiterou as dificuldades de manter o serviço em todas as suas bases na região caso o abastecimento não seja restabelecido.
HOSPITAL JOÃO PENIDO
No Hospital Regional João Penido (HRJP) a situação é um pouco mais preocupante. Segundo a direção, os reflexos da greve gradativamente se agravarão. Diversos processos importantes retornando de Belo Horizonte, não estão chegando via malote. Eles explicam que todos os fornecedores estão com problemas para chegar até o hospital e assim todos os setores poderão ser afetados, dentre eles, materiais médicos, lavanderia, medicamentos, dentre outros.
Eles reforçam que estarão consumindo os estoques e resolverão pontualmente as situações que se complicarem.
HU
O Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, encontra-se com seu funcionamento e estoque de materiais sob controle. De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, a greve não afetou o hospital, que ainda possui suprimentos e medicamentos suficientes para durar por um determinado período.
Entretanto eles explicam que como o hospital atende a diversas cidades da região e até de outros estados, a greve pode estar afetando a locomoção de alguns pacientes que possuem consulta ou exame agendados.
ASCOMCER
A Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora confirmou uma previsão de impactos no funcionamento do hospital, devido os desdobramentos da greve. Por meio de nota eles informaram que “em função dos últimos acontecimentos, a previsão é de impacto sim. Já interrompemos o recolhimento de doações na cidade e o transporte de pacientes para as Casas de Apoio (e vice-e-versa) também está comprometido. Hoje tivemos carros de prefeituras vizinhas trazendo pacientes, mas não sabemos se na próxima semana vamos recebê-los para atendimento ambulatorial, caso assim continue. Muitas mercadorias (de medicamentos e materiais, inclusive) estão com envio atrasados. Estamos trabalhando com um estoque bem reduzido, que ainda não afetou drasticamente a instituição, mas vai afetar se a situação não for normalizada rapidamente.”
HOSPITAL MATERNIDADE THEREZINHA DE JESUS
Por meio de sua assessoria o hospital Therezinha de Jesus, informou que até o momento não há impactos no funcionamento do hospital, entretanto, todos os setores estão em alerta para necessidades de contingenciamento, caso o movimento se estenda além desta quinta-feira, 24.
ACISPES
A Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra (Acispes) também sofreu os impactos da greve. A agência conta com 26 municípios consorciados, de onde recebe cerca de 500 pacientes diariamente para consultas e exames de média complexidade. Com a greve esses pacientes terão seus atendimentos suspensos até regularização da situação dos combustíveis.
Por meio de nota a Acispes explicou que “grande parte do transporte dessas pessoas é feito pelos microônibus da própria Acispes e, em virtude da falta de combustível ocasionada pela greve dos caminhoneiros, o deslocamento dos veículos será impossibilitado a partir desta sexta-feira, 25/05.
Diante desse cenário, os procedimentos serão adiados e, tão logo a situação seja normalizada, os mesmos serão remarcados. É importante ressaltar que, caso os municípios tenham condições, poderão fazer o transporte dos seus pacientes até a Acispes, uma vez que os profissionais estarão disponíveis para atendimento.
ALBERT SABIN
Por meio de sua assessoria o hospital particular Albert Sabin, informou que todo funcionamento está regular e que há estoques de materiais.
MONTE SINAI
Por meio de sua assessoria o hospital particular Monte Sinai, informou que até o momento não há impactos no funcionamento do hospital, entretanto, todos os setores estão em alerta para necessidades de contingenciamento, caso o movimento se estenda além desta quinta-feira, 24.
HEMOMINAS
De acordo com a Fundação Hemominas, a greve dos caminhoneiros não tem afetado diretamente o estoque de sangue. Eles destacam, porém, que o estoque encontra-se baixo e devido a isso as cirurgias eletivas estão suspensas temporariamente.