Exames feitos pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED), em Belo Horizonte, confirmaram a ocorrência do vírus Influenza A no paciente de 36 anos que faleceu na Casa de Caridade Leopoldinense no dia 3 de maio. De acordo com Rodrigo Buonincontro Ribeiro, coordenador do Setor do Núcleo de Vigilância Epidemiologia, Ambiental e Saúde do Trabalhador da Gerência Regional de Saúde (GRS) em Leopoldina, os exames feitos a partir do material enviado para a FUNED confirmaram a ocorrência do vírus Influenza A, porém, é preciso que seja definida pela FIOCRUZ a subtipagem, que identificará se foi H1N1 ou H3N2 ou algum outro subtipo.
Conforme divulgado pelo Jornal O Vigilante, o paciente veio a óbito na tarde da quinta-feira, 3, com suspeita de gripe H1N1, doença causada pelo vírus Influenza A. Ele trabalhava como taxista e teria viajado com a família para passar o feriadão em Vitória – ES, onde já teria chegado sentindo-se mal, retornando então para Leopoldina. Com dificuldades para andar e respirar, o paciente deu entrada na CCL às 08h14 de quarta-feira, 2. O caso teria evoluído rapidamente para uma Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA).
Profissionais ligados à Casa de Caridade Leopoldinense e à Secretaria Municipal de Saúde, ouvidos na ocasião pela reportagem, esclareceram que somente os exames feitos em Belo Horizonte poderiam confirmar ou não a ocorrência de H1N1. O sepultamento do taxista foi realizado naquela data, às 16h30, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Amostras de material do paciente foram colhidas pela equipe da CCL e entregues à Secretaria Municipal de Saúde para envio ao Laboratório de Referência do Estado, para confirmação de qual problema de saúde evoluiu para a Síndrome de insuficiência respiratória aguda.
Ribeiro lembrou que existem três tipos de vírus Influenza: A, B e C. Ele destacou que é importante que a população se vacine e adote procedimentos como lavar as mãos e utilizar o álcool para fazer a desinfecção das mesmas. “Na presença de sintomas de gripe deve-se procurar o médico, que saberá a conduta a ser feita de acordo com o protocolo de influenza de 2017 do Ministério da Saúde”, recomendou Rodrigo, acrescentando que as vacinas que estão sendo aplicadas em Leopoldina, protegem contra os vírus da Influenza A H1N1, H3N2 e também contra a influenza B. “Todo ano são feitas pesquisas devido à mutação dos vírus. Por isso a necessidade de se vacinar anualmente, para prevenir com vacinas atualizadas”, justificou.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclareceu através da chefe de Departamento de Vigilância Epidemiológica, Maria Emilia Teixeira de Moraes , que “até a presente data não temos nenhuma sinalização de subtipagem.” De acordo com Maria Emília, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) também não apontou se isso ocorrerá. “Aproveito a oportunidade, para solicitar que a população do grupo elencado procure as unidades com sala de vacina para receber sua dose de vacina, ou seja, gestantes, puérperas, crianças menores de 02 anos, idosos, profissionais de saúde em assistência, professores e pessoas de 02 anos a 59 anos com comorbidades elencadas para receber a vacina”, afirmou a responsável pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica da SMS. “É fato que, após este resultado, temos vírus de Influenza circulando em nosso município. Precisamos atingir 90% de cobertura vacinal e ainda estamos muito aquém destes valores nos grupos de referência. Medidas preventivas também precisam ser adotadas, como por exemplo, estimular o hábito de lavagem das mãos, espirrar ou tossir na região da dobra do cotovelo, procurar estar em ambientes arejados. Em caso de quaisquer dúvidas, procurem a unidade de saúde ou o médico de sua confiança para uma avaliação”, acrescentou Maria Emília.
Fonte: O Vigilante Online