O Centro Estadual de Atenção Especializada (Ceae) Mulher e Criança, gerido pela Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra (Acispes), em Juiz de Fora, vai realizar, na próxima quinta-feira, 24, um treinamento, com intuito de esclarecer dúvidas e passar orientações sobre hábitos adequados durante a gravidez de risco. A capacitação acontece de 8h às 11 horas, na sede da Acispes (Rua Ataliba de Barros, 5, São Mateus), e é direcionada para as pacientes atendidas no Ceae. Informações sobre o número de vagas podem ser consultadas pelo telefone (32) 3313-4016.
“Quando se fala em gestação de risco, logo se pensa no período gestacional cheio de tensão. Então, acaba que a mãe não curte esse momento, que é quando o seu filho está sendo preparado para vir ao mundo. Observando toda essa fragilidade e as dificuldades enfrentadas, oferecemos esse acolhimento, que vem acompanhado de dicas para amamentação, alimentação na gestação, cuidados com alterações emocionais, com o corpo, banho, tudo para que as mães consigam concluir esse trajeto de forma mais satisfatória”, afirmou o enfermeiro e coordenador do Ceae, Guilherme dos Reis Batista, destacando que, na data do evento, as pacientes participarão de sorteios de brindes e de um café especial.
Batista também explicou que toda gravidez traz risco, mas, quando a gestante e o bebe não apresentam problemas, a gestação é classificada como de risco habitual. Porém, os riscos são mais elevados de acordo com a idade, antes dos 18 anos e, após os 35, a gravidez já é considerada de alto risco e precisa de atenção. “Na adolescência, o problema pode estar relacionado à maturidade do corpo, que não está preparado totalmente. Após os 35 anos, as chances de engravidar são bem menores, já que a fertilidade vai diminuindo com o tempo. Doenças crônicas como diabetes e hipertensão, que tem grande incidência nesta época, podem complicar uma gravidez saudável”, lembrou.
Ele reforça que os principais indicadores/critérios para consulta com em obstetrícia de alto risco são: diabetes gestacional, endocrinopatias, ginecopatias, hipertensão arterial, cardiopatias, abortamento habitual e outros. O Ceae realiza cerca de 2.500 procedimentos mensalmente. “O Ceae recebe, nefropatias graves, que geram insuficiência renal, anemia falciforme, doenças autoimunes, histórico de abortamento, doenças genéticas, síndrome hellp (quadro de hipertensão mais grave), múltipla gestação e tantas outras que podem provocar a gravidez de risco”, afirmou.