O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, juntamente com diversas faculdades parceiras, realizou na manhã desta quarta-feira, 16, uma campanha de conscientização pelo uso racional de medicamentos. A ação ocorreu no Parque Halfeld, onde também foram ofertados outros serviços de saúde como aferição de pressão arterial, glicemia capilar, peso, altura, cálculo do Índice de Massa corpórea (IMC).

A campanha chega à 6ª edição neste ano e ocorrerá em outras 13 cidades do estado. De acordo com Gabriel Barbosa, assessor técnico farmacêutico do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, o objetivo da ação é “falar pra população a respeito do uso racional de medicamentos e conscientizar de que sempre quando tiver dúvidas com medicamentos procurar o profissional farmacêutico.”

Quem não tem alguma cartela de comprimidos ou então, algum vidro de xarope em casa? Essa é uma tendência comum na população, entretanto, Barbosa reforça quando e como tais remédios devem ser utilizados. “É extremamente importante que sempre que a pessoa tenha a necessidade de utilizar algum medicamento, que ele seja prescrito pelo médico ou por um farmacêutico. Esses medicamentos, por mais simples que parecem, são substâncias químicas que vão interagir de certa forma dentro do nosso corpo, com nosso sistema. Isso pode trazer alguns riscos para saúde da população.” explicou.

Os riscos da automedicação são variados, dentre eles está a interação medicamentosa. “A pessoa que já faz uso de algum medicamento pode tomar outro por conta própria, causando assim uma reação entre um e outro. Outro risco é a intoxicação. O uso de medicamentos é uma das principais causas de intoxicação que existem atualmente. E as pessoas usam sem noção de dose, qual intervalo deve respeitar entre uma dose ou outra.” reforçou o assessor.

Locais ideais para que a população tire suas dúvidas sobre qualquer medicação são as farmácias. Segundo Barbosa “a farmácia hoje é um estabelecimento de saúde, não é só comercial, sendo obrigatória a presença do farmacêutico durante todo o funcionamento.”

A automedicação acontece de forma geral na população, entretanto alguns grupos estão mais sujeitos aos riscos causados por ela, como é o caso das crianças. “A gente nunca deve deixar medicamentos ao livre acesso das crianças. Geralmente elas acham que um medicamento pode ser uma balinha e acabam consumindo sem os pais verem. Temos que guardar medicamentos longe delas” alertou Barbosa que também destacou os cuidados que as gestantes devem ter. “As grávidas são um grupo de risco e precisam tomar medicamentos sempre sob orientação, pois existem muitos deles que podem interferir de forma negativa na gravidez e atrapalhar até no desenvolvimento das crianças.” Por fim relembrou de outro grupo de risco, os idosos. “Eles são uma população de risco, porque fazem uso de diversos medicamentos por conta das doenças crônicas que muitos já têm. Eles devem evitar ainda mais essa automedicação, pois também existe muito risco de interação medicamentosa” finalizou.

O pintor Silvério de Paulo, de 58 anos, recebeu atendimento durante a campanha desta manhã e já repensa em algumas atitudes relacionadas ao uso de medicamentos. “Normalmente todos tomam algum remédio, pra dor de cabeça, por exemplo, mas agora me deram um livro sobre isso, eu vou dar uma lida e tomar mais cuidado, sem dúvida alguma.”




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.