Familiares de uma criança de seis meses de idade que estava internada na Casa de Caridade Leopoldinense (CCL) e faleceu nesse domingo, 13, ficaram revoltados pela maneira, que segundo eles, foram tratados na instituição.

A tia do menino, Lauane Paula da Silva, falando em nome da família contou que há alguns dias o sobrinho estava internado no hospital, onde deu entrada com febre e vômito. “Nesse domingo falaram que meu sobrinho precisava ser transferido, pois no hospital não havia um aparelho necessário no tratamento”, contou Lauane, mencionando que eram poucas as informações a respeito do problema passadas para os familiares.
Inserido o nome da criança no SUSfácil para aguardar uma vaga e a transferência, a internação teria sido conseguida em outra cidade, porém, segundo relatou à reportagem, a família teria sido comunicada que o médico que estava no hospital falou que a criança não poderia viajar naquelas condições, o que deveria ocorrer somente no dia seguinte, pela manhã, de helicóptero. Um clima tenso se estabeleceu entre alguns familiares e funcionários da CCL, situação que foi agravada com a informação de que o menino havia falecido. A instituição teria então solicitado a presença da Polícia Militar. “O hospital chamou a Polícia alegando que as pessoas da família estariam invadindo o local.
A família quer justiça em relação ao ocorrido, para que outras pessoas não passem por isso. O médico não chegou para a família para falar nada”, comentou, acrescentando que “depois que descobrimos que o bebê tinha falecido, ninguém ficou na portaria, ou seja, no pior momento, fomos barrados e depois, qualquer um pode entrar”, protestou, mencionando que ao perguntarmos o preço da internação em outro hospital teriam sido informados que seria necessário fazer um depósito de R$23 mil, porque seria particular.

Procurada pela Redação, a Casa de Caridade Leopoldinense esclareceu através do Administrador Hospitalar, Wolney Aguilar, “que o paciente de 6 meses foi internado à 01h53 do dia 10 de maio de 2018, na Pediatria.” De acordo com a CCL, “após vários exames, medicações e após estabelecido o Diagnóstico do caso, foi solicitada a Transferência via SUSFÁCIL em 12 de maio às 16h58 para UTI pediátrica Tipo 2; após várias tentativas infrutíferas em hospitais da região da Zona da Mata e Belo Horizonte, o SUSFÁCIL comunicou a liberação da vaga e autorização da transferência às 16h52 do dia 13 de maio de 2018 para o Hospital Vaz Monteiro na cidade de Lavras. Durante o período de internação foram feitas várias conversas entre o médico assistente pessoalmente com a mãe e a avó, e ainda por telefone explicou ao tio e uma tia, que ligaram e solicitaram maiores informações, o que foi feito prontamente. Após a liberação da vaga, o médico assistente foi preparar o paciente para a remoção, depois da avaliação foi solicitado o SAMU para realizar a transferência, nesse ínterim houve a intercorrência antes que a chegada do SAMU. Esclarecemos ainda que o paciente teve durante todo o período de internação o acompanhamento de sua mãe e/ou responsável, (não ficando em nenhum momento sem acompanhante e sendo permitido o revezamento a qualquer hora); a necessidade da transferência se deu ao fato de não termos em nosso hospital uma UTI Neo-Pediátrica que seria necessária para acolher o paciente. A Polícia somente foi acionada para assegurar a ordem e a integridade de todos os presentes”, afirma o Administrador Hospitalar.

Fonte: O Vigilante Online

 




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