Com a obra pronta há mais de um ano, o “parcão” do Canil Municipal se tornou opção de lazer preferida dos cães acautelados no local. Foi preciso construir corredores que ligam as baias ao espaço recreativo. Esse foi o principal motivo que impediu a utilização imediata após a construção. Hoje, dois funcionários ficam o dia todo por conta da soltura dos animais. Os cães começam a ser soltos às 7 horas e, às 16 horas é quando a última baia é recolhida.

“Os primeiros dias foram muito complicados, mas agora eles estão se acostumando. Estamos conseguindo passear com animas de 18 baias por dia. Os cães vão ao parcão de duas a três vezes por semana e tudo para eles é novidade, afinal tem animal que está aqui há três anos e nunca saiu da baia. Tem uns que ficam com medo e não querem ir, por isso, a orientação é levá-los no ritmo deles, até que acostumem”, explicou Miriam Neder, gerente do Departamento de Controle Animal (Dcan), do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), responsável pelo Canil.

O Canil possui 480 cães. Os animas localizados em sete baias não tem acesso ao parcão, por conta da distância. A alternativa para eles é outra área de lazer, logo à frente. “Tem uma pequena área, mas que atende às necessidades iniciais deles. Quando realizamos a soltura, fazemos de um a um, para que eles não vejam os outros animais que estão no parcão. Antes, não tinha atividades desse tipo, eles passavam a vida confinada na baia”, reforçou.

De acordo com Miriam, o Canil vai organizar uma campanha para arrecadar brinquedos, bolas e outros itens para os animais. “Por enquanto estamos fazendo apenas a soltura. Tem alguns objetos para eles brincarem no parcão. Mas, a campanha é uma forma não só de deixá-los alegres, mas de as pessoas conhecerem o Canil”, disse ela, destacando que o Canil fica aberto para visitação de segunda a sexta, de 9h às 10h30 e de 13h às 15h30.

O Canil possui atualmente 480 cães. Foto: Rafaela Frutuoso

Miriam lembrou que voluntários são bem-vindos. “Precisamos de voluntários para banho e tosa. A gente até faz a tosa prática, que é aquela em que aparamos o pelo. Mas, o profissional vai deixar o animal mais bonito. Além do tosador, um adestrador seria bom, para trabalhar principalmente com cães pit bulls. Apesar de que 90% dos que recebemos serem mansos, algumas pessoas ainda têm receio à raça e ficam com medo. Não que eles sejam bravos, mas o maior problema é a força da mordida, que diferentemente de um cão vira-lata, exige mais cuidado”, explicou.

Ela também afirmou que o Canil está desenvolvendo um projeto-piloto educativo, que vai focar redução dos maus tratos e na adoção consciente. As atividades serão desenvolvidas em bairros, escolas e outras instituições. Miriam fez um apelo. “Quero pedir às pessoas que tem interesse em adotar um animal, que visitem um abrigo, seja o Canil ou outro, antes de comprar em uma loja. Geralmente, nos estabelecimentos, além de o preço ser caro, você não sabe a origem do animal. No Canil tem muitos precisando de um lar, querendo amor e carinho. Por isso, faço apelo para que a população nos ajude”, requisitou.

O disque adoção é um telefone exclusivo para tratar do tema e funciona de 8h às 12 horas e de 13h às 16 horas. Além do Disque-Adoção (3225-9933), o departamento dispõe de outros meios de atendimento para adoção: Canil Municipal Adote um Amigo (Facebook) e @canimunicipaljuizdefora (Instagram) e de feiras que são realizadas mensalmente.




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