Bonito oferece opções de lazer e aventura para todos os gostos

Flutuar, mergulhar, caminhar, petiscar…Os passeios essenciais para o turista se deliciar com a cidadezinha de nome mais adequado do Brasil: Bonito, no Mato Grosso do Sul. Em um país com tantos recursos naturais, a cidade de 20 mil habitantes, a 300 quilômetros de Campo Grande, é um sopro de otimismo e um exemplo a seguir.

Além de ter uma lista consistente de atrações de primeira linha, Bonito é praticamente à prova de perrengue. A única lição de casa que o visitante deveria fazer é reservar os passeios com antecedência. Mas não é preciso quebrar a cabeça ou sair pechinchando. Uma vez que os preços são tabelados pela Associação dos Atrativos de Bonito e Região (Atratur), a opção mais prática acaba sendo contratar a agência local indicada pelo seu hotel.

Bonito também não tem aperto. Por questões ambientais, cada atração comporta um número limitado de visitantes – justamente por isso, não deixe para fechar a visita aos grandes hits muito em cima da hora.

Confira os principais passeios para fazer na cidade e nos arredores (fique pelo menos quatro dias inteiros).

O programa número um em Bonito é simplesmente boiar. A flutuação do Rio da Prata é a mais famosa da categoria. O leito do rio é raso, com no máximo dois metros de profundidade, e rico em peixes de todos os tamanhos (já são 50 espécies catalogadas). Em alguns pontos, dá também para observar as nascentes que brotam da areia.

No Rio Sucuri, passam do seu lado famílias inteiras de pacus. A transparência da água é impressionante devido à alta concentração de cálcio, e os raios solares deixam rastros coloridos na superfície. Macacos-prego, bugios, lontras e até jacarés podem ser avistados nas margens. Ambas as flutuações incluem almoço na fazenda e redário para descansar depois do passeio.

O passeio na Nascente Azul é um pouco diferente: feita a ambientalização do turista no rio, com um leve treinamento realizado pelo guia, os turistas são direcionados para a contemplação da nascente. Neste momento ocorre um fenômeno natural chamado espelhamento, onde a água reflete um tom azul turquesa pouco visto fora da natureza. Graças às condições privilegiadas, neste lindo cenário o turista tem a oportunidade única de realizar um mergulho livre.

Após a exploração da nascente, inicia-se uma tranquila e divertida descida pelo Rio Bonito. Por ser um rio relativamente largo e ter pouca correnteza, favorece muito as atividades de flutuação, tanto para veteranos quanto para iniciantes.

As águas cristalinas de Bonito também são incríveis para mergulhar de cilindro. Uma das imersões favoritas é na Lagoa Misteriosa. De abril a outubro, portanto, é a época. A incidência do sol nessa caverna submersa, cuja profundidade não se sabe (o máximo alcançado por mergulhadores foi 220 metros), deixa seu azul ainda mais intenso. O visitante pode flutuar de snorkel (R$155) ou mergulhar com cilindro (R$365) se tiver o certificado Padi Open Water.

Outra possibilidade é explorar o Abismo Anhumas (R$91) em uma aventura que combina rapel e mergulho. Primeiro, é preciso descer por uma fenda até o fundo da caverna, por 72 metros. E, depois, é a vez de submergir em um lago cristalino de 80 metros de profundidade.

 

GRUTAS E CAVERNAS

Em Bonito tem centenas de grutas e cavernas e algumas delas com milhões de anos. Após uma descida de 100 metros, depara-se com um lago de águas intensamente azuladas, cuja profundidade estima-se ser de nove metros. É a Gruta do Lago Azul. Com suas formações geológicas – não só o teto como o piso da gruta são repletos de espeleotemas de várias formas e tamanhos – desperta a atenção dos turistas e pesquisadores do mundo inteiro. Ninguém sabe ao certo de onde vêm suas águas. Acredita-se na existência de um rio subterrâneo que alimenta o lago.

O passeio na Gruta de São Mateus é uma das melhores opções de passeios secos, pois fica perto do centro e atende a diversos púbicos. Além de conhecer a gruta em si, que é maravilhosa com todas as suas formações e caminhos, os visitantes também conhecem o pequeno museu que existe no receptivo do local. Por ser um passeio que abriu mais recentemente, ainda não é famoso, porém tem sido muito bem recebido entre os amantes de gruta! Se trata de uma trilha muito interessante.

Já o passeio de visitação na Gruta de São Miguel é contemplativo. Começa numa trilha interativa suspensa que tem 5 metros de altura e percorre 200 metros até o primeiro mirante, que permite observar o vale e a vegetação do local, mata atlântica e cerrado. A caminhada continua por 150 metros de passarela de madeira até o segundo mirante. Após 150 metros, inicia-se a visitação no interior da caverna.

Dentro da Gruta há iluminação artificial e usa-se lanternas. O visitante poderá avistar as formações espeleológicas como estalactites, estalagmites, colunas e coraloides. Ao final da visita contemplativa dentro da caverna, o turista retorna na recepção de carrinho elétrico.

 

UM BOM DESCANSO

Para um dia relax, o Parque das Cachoeiras (R$155), com almoço, conta com seis quedas-d’água que podem ser vistas em três horas de caminhada sobre uma passarela suspensa de madeira. A da Carretilha tem tirolesa com 20 metros de extensão.

Uma vez que o visitante já flutuou, mergulhou e espantou todos os males nas cachoeiras da região, ainda há muito o que fazer para quem quiser esticar a viagem. No hotel Cabanas dá para arriscar boia cross (R$80), arvorismo (R$110) ou passear de bote pelo Rio Formoso (R$115).

Para ficar de bobeira tomando sol e petiscando, a Praia da Figueira é a boa. E quem quer se mexer sem se molhar pode fazer uma grande variedade de cavalgadas e trekkings.

Dá para viajar para Bonito praticamente o ano inteiro, ainda que junho e agosto, os meses mais secos, acabem por favorecer as flutuações. Entre dezembro e janeiro, durante as férias escolares de verão, as cachoeiras ficam mais volumosas, mas a procura pelos passeios é imensa e eventuais chuvas podem deixar a água turva.




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