O Governo de Minas reconheceu, até esta quinta-feira (30/12), a situação de emergência em 124 cidades fortemente afetadas pelos temporais dos últimos dias, principalmente no Norte de Minas. Entre elas estão Salinas, Rio Pardo de Minas e Porteirinha. O governador Romeu Zema esteve pessoalmente nesses municípios nessa quarta-feira (29/12), onde prestou solidariedade às famílias atingidas, conversou com moradores e acompanhou as operações de ajuda.
Para agilizar ações de resposta, restabelecimento, recuperação e reconstrução, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) auxilia as prefeituras no preenchimento da documentação exigida para acesso aos recursos da União.
Além de prestar assistência com as equipes e coordenar a entrega e a logística da ajuda humanitária, a Cedec já distribuiu 420 kits para estruturar os municípios e garantir melhor atendimento em situações de emergência. Os kits são compostos por uma caminhonete 4×4, um notebook, cinco coletes reflexivos e uma trena digital. Os equipamentos são usados para prevenção, atendimento e assistência à população, especialmente no período chuvoso.
Uma força-tarefa formada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Cedec e secretarias estão com diversas ações para ajudar as famílias desabrigadas ou pessoas que foram prejudicadas pelas enchentes.
Repasses
Para auxiliar os municípios, o governo do Estado vai antecipar o pagamento de seis parcelas de acordo firmado com a Associação Mineira de Municípios (AMM), referente ao ICMS e ao IPVA, e também do Piso Mineiro de Assistência Social. Para esse último, as cidades podem pedir o adiantamento de três a seis parcelas, de acordo com a necessidade local.
Além disso, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e a Defesa Civil investiram R$ 1,2 milhão para a compra de kits de ajuda humanitária, incluindo material de higiene e limpeza, colchão e água potável, durante o período chuvoso.
O Estado também está fazendo interlocução junto ao governo federal, via ministérios do Desenvolvimento Regional e da Cidadania, para obter recursos para apoiar aos municípios afetados.
Bombeiros e Polícia Militar
Cerca de 200 militares foram direcionados para as áreas afetas para prestar os serviços de vistoria de risco de inundação, alagamento e enxurrada; análise de risco de desabamento; salvamento; vistoria de barragens; recebimento e entrega de donativos.
As corporações também prestam apoio com o envio de aeronaves e embarcações para atender à população ilhada, juntamente com as aeronaves da PMMG que fazem parte do Comando de Aviação do Estado.
Copasa
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) auxilia com caminhões pipa o abastecimento emergencial, principalmente de hospitais, além da doação de copos de água para desabrigados via Defesa Civil e envio de equipes para restabelecer o abastecimento de água.
Cemig
Mais de 100 eletricistas estão atuando no Norte de Minas para restabelecer a energia na região, sendo que 90% dos clientes afetados já tiveram a energia restabelecida.
A companhia enviou um helicóptero, barcos e quadriciclos para agilizar o atendimento das áreas rurais e está realizando o controle do reservatório da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Machado Mineiro, em Águas Vermelhas, que atingiu 100% da capacidade, tendo que ampliar a vazão.
Impactados
Em todo o estado, são 11,3 mil desalojados, sendo que 1,4 mil no Norte de Minas já foram realocados para os abrigos; 2,6 mil desabrigados e seis óbitos.
Estradas
Técnicos do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) trabalham nas regionais mais afetadas pelas chuvas, entre elas as de Pedra Azul, Araçuaí, Jequitinhonha, Janaúba e Salinas. Eles atuam para que a liberação das pistas seja possível o quanto antes.
Em Salinas, por exemplo, há interdições em trechos da LMG-625 e tráfego em meia pista na LMG-627 e LMG-626. Equipes trabalham nos locais para remover lama e auxiliar os motoristas nos pontos em que houve queda de barreira.
No caso de Pedra Azul, todas as rodovias não pavimentadas estão com tráfego precário devido à existência de atoleiros (borrachudos), sendo possível o trânsito somente durante os períodos de maior estiagem.
Na LMG-632, no trecho de Cachoeira de Pajeú, o tráfego ocorre em meia pista, assim como na LMG-618 em Águas Vermelhas.
Equipes do DER-MG também trabalham em outros trechos, como LMG-601, entre Almenara e Mata Verde, afetada pela cheia dos rios, LMG-630, em Bandeira, onde houve queda de barreira e o tráfego segue em meia pista.
Fonte: Agência Brasil